5 ações recém-chegadas à bolsa para prestar atenção em 2021

Investing.com

Publicado 20.01.2021 16:28

Atualizado 21.01.2021 07:16

Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - A taxa básica de juros nas mínimas históricas e a forte procura de pessoas físicas por investimentos na bolsa de valores brasileira levou a um número recorde de ofertas públicas iniciais de companhias em 2020.

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Ao todo, foram 26 estreantes de vários setores, que, no total, fizeram circular R$ 26,1 bilhões nas estreias na B3 (SA:B3SA3). As empresas divergiram desde a hospedeira de sites e queridinha dos investidores em tecnologia, Locaweb (SA:LWSA3), até o gigante dos supermercados no Norte e Nordeste, Grupo Mateus (SA:GMAT3).

No entanto, apesar de alguns nomes de peso, como a gigante do setor hospitalar, Rede D’Or (SA:RDOR3), que sozinha levantou R$ 8,4 bilhões, a principal característica das ofertas de 2020 foi a chegada de empresas que ainda não saíram, ou se quer chegaram, na curva do crescimento exponencial.

É o caso da Enjoei.com (SA:ENJU3), de revenda de roupas online, que fechou o terceiro trimestre com avanço anual de 52% da receita líquida, ou da Méliuz (SA:CASH3), startup de descontos e cashback, cuja base de usuários cresceu 152% em relação a 2019, de acordo com as prévias do quarto trimestre da companhia.

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Para Glauco Legat, analista-chefe da Necton, essa característica foi impulsionada pela chegada de novos investidores à bolsa, que olham para empresas mais disruptivas e que não necessariamente já se consolidaram nos respectivos mercados de atuação.

“Há uma janela de confiança para empresas menores abrirem capital, então naturalmente elas ainda têm muito espaço pra crescer”, diz.

Para 2021, a fila de análises de IPOs da B3 já conta com 41 empresas, com o primeiro, da Espaçolaser, previsto para acontecer em 1º de fevereiro. Enquanto isso, os investidores miram nas novatas do último ano, com destaque para alguns setores especiais.

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Confira os cinco papéis das novatas recomendados pelos especialistas:

h2 Petz/h2

A Petz (SA:PETZ3) é uma empresa que oferece produtos e serviços para animais de estimação, em um setor caracterizado pelo forte crescimento e fragmentação entre os players, explica Legat.

Para ele, existe um movimento de consolidação de serviços tanto de estética como de saúde animal que a Petz deve aproveitar principalmente na esteira da mudança de comportamento da população, que dedica mais tempo e dinheiro aos pets.

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“O mercado de pet shops no Brasil é muito pulverizado, mas existe um movimento de consolidação de serviços tanto de estética, como banho e tosa, como de saúde animal, como exames clínicos complexos, que a Petz deve aproveitar”, diz.

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Para Alan Gandelman, CEO da Planner Corretora, além do setor em alta da Petz, a companhia deve surfar na mudança de hábitos do consumidor impulsionada pelas restrições sociais que vigoraram em 2020.

“Ainda estamos vivendo na pandemia e, mais do que isso, o público se acostumou a comprar e a receber em casa”, diz. A Petz oferece venda de produtos como ração e itens para banho pela internet, com entrega em casa.

Os papéis da Petz foram negociados perto de R$ 21,70 nesta quarta-feira (20) e acumulam alta de 57% desde o IPO, em setembro de 2020.

h2 Enjoei.com/h2

Outra empresa que, segundo os especialistas, deve surfar na eficiência das novas facilidades de compras é a Enjoei.com (SA:ENJU3), um brechó online com entrega a domicílio.

E, para Andres Castro, analista de equity da Berkana, a mudança de comportamento não se reflete somente na maior procura por lojas digitais: “Ficamos em casa muito tempo, não precisamos comprar roupa e algumas pessoas chegaram à conclusão que precisam de menos para viver. É uma mudança de hábito típica da Geração Z, que não vai voltar no pós-pandemia, e tende a beneficiar uma empresa de reuso de roupas como a Enjoei”.

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Os papéis da companhia foram negociados a R$ 15,87 e acumulam alta de 55% desde o IPO, em novembro.

h2 Ambipar/h2

Castro também aponta que a mudança de consciência dos investidores pode impulsionar uma empresa como a Ambipar (SA:AMBP3), que fornece serviços de gestão ambiental a empresas.

Segundo ele, a volta dos investimentos pelas companhias no pós-crise deve ceder uma parcela maior a iniciativas dentro do ESG, sigla em inglês para Governança Ambiental, Social e Corporativa, que perpassa diretamente pelas atividades da Ambipar.

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A empresa atende grandes clientes industriais no Brasil e em outros 14 países em questões que incluem contenção de efeitos de vazamentos de produtos químicos e até a descontaminação de ambientes para prevenir a infecção por Covid-19 .

“O mundo está caminhando para uma punição de empresas que não são ecologicamente corretas, além de vermos cada vez mais legislação voltada a determinados serviços nessa área”, diz Gandelman, da Planner, citando que serviços voltados à proteção do meio-ambiente são cada vez mais cobrados pelos consumidores.

O papel foi negociado a R$ 26,54, com alta acumulada de 7,2% desde o IPO em julho.

h2 Hidrovias do Brasil (SA:HBSA3)/h2

Outra que deve surfar na onda ESG, segundo os analistas, é a Hidrovias do Brasil, a única empresa privada no Brasil a fazer o transporte hidroviário independente de grãos.

A companhia atua tanto na região da Amazônia como no rio Paraná-Paraguai e é uma alternativa a outros meios de transporte em um país de tamanho continental como o Brasil.

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Além disso, segundo Castro, a empresa pode pegar carona no superciclo de commodities e na valorização do dólar, que eleva a exportação das commodities agrícolas.

O papel foi negociado a R$ 7,40, com queda acumulada de 2,9% desde o IPO em setembro.

h2 Rede D’Or/h2

Tanto os analistas da XP Investimentos como do BTG Pactual (SA:BPAC11) iniciaram a cobertura da Rede D’Or (SA:RDOR3) com recomendação de Compra esta semana, citando otimismo com o crescimento orgânico e inorgânico da empresa via fusões e aquisições e com a mudança na média de idade dos brasileiros.

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Segundo o relatório da XP, publicado nesta terça-feira (19), apesar de operar a maior rede independente de hospitais privados do Brasil, com 51 próprios, a companhia tem uma participação pequena nas despesas das operadoras de saúde, de aproximadamente 8%.

Assim, a corretora se diz otimista de que a Rede D’Or não só está bem posicionada para capturar oportunidades de crescimento via M&A, mas também deve se beneficiar de um cenário macro positivo, visto que a população brasileira está envelhecendo rápido e deve, cada vez mais, demandar serviços ligados à saúde e hospitais.

Já os analistas do BTG Pactual colocaram a ação como favorita dentro do setor de saúde pelo momentum atrativo do papel e forte estratégia de M&A, o que leva a companhia a uma “rara combinação de bom crescimento com alto retorno”.

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Segundo a corretora, em relatório divulgado nesta segunda-feira (18), a Rede D’Or tem um dos melhores históricos de resultados dentre os pares cobertos pelo banco de investimentos na América Latina.

O papel foi negociado a R$ 67,98, com alta de 17% acumulada alta de desde o IPO, em dezembro.

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