Ações - Futuros apontam para pequenos ganhos; Vírus gera incerteza
Investing.com
Publicado 10.02.2020 08:52
Atualizado 10.02.2020 09:15
Por Peter Nurse
Investing.com - As ações dos EUA abriram ligeiramente em alta nesta segunda-feira, recuperando-se após as perdas de sexta-feira, que prejudicaram o que teria sido uma semana forte. Mas essas altas provavelmente serão limitadas, já que o surto de coronavírus na China continua a fazer vítimas e causar danos econômicos.
Às 9h00 (horário de Brasília), os futuros do S&P 500 eram negociados a 2 pontos, ou 0,1%. Mais altos, os futuros do Nasdaq 100 subiam 16 pontos, ou 0,2 %, enquanto o contrato futuro do Dow Jones 30 subia 8 pontos, ou 0,1%.
Na sexta-feira, o índice de bolsa S&P 500 e a Nasdaq fecharam em queda de 0,5%, enquanto o Dow caiu 0,9%. No entanto, apesar dessas perdas, o Dow registrou seu melhor ganho semanal desde agosto do ano passado, o S&P desde junho e a Nasdaq teve a semana mais forte desde novembro de 2018.
Isso abre algum espaço para os investidores obterem lucros, particularmente quando a temporada de balanços começa a chegar ao fim. Apenas 68 empresas do S&P 500 divulgarão resultados na próxima semana. Na segunda-feira, devem capturar a atenção do mercado a divulgação dos números da Restaurant Brands International, da Allergan (NYSE:AGN) da e Loews (NYSE:L).
Além disso, as ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) subiam 9% antes do pregão, continuando a recente corrida volátil das ações, depois que a montadora reabriu segunda-feira sua unidade de produção de US$ 2 bilhões em Xangai. O reinício das fábricas na China era duvidoso depois que o feriado do Ano Novo Lunar foi estendido para combater o surto de coronavírus.
Um grande número de trabalhadores da China voltou para escritórios e fábricas em todo o país, mas muitos locais de trabalho permanecem fechados, incluindo o principal fornecedor da Apple (NASDAQ:AAPL), Foxconn, que havia pedido permissão oficial para abrir, enquanto muitos executivos continuam a trabalhar em casa.
O número de mortos pela doença ultrapassou oficialmente o do surto de Sars quase duas décadas atrás, já que a China registrou o número total de mortes em 910, com mais de 40.000 pessoas infectadas.
A morte de um médico denunciante na semana passada e o desaparecimento de jornalistas cidadãos de Wuhan que estavam denunciando o surto também levantaram suspeitas de que a escala do surto possa estar sendo subestimada.
O impacto na economia já em desaceleração da China tem sido pesado, com o Goldman Sachs (NYSE:GS) cortando sua meta de PIB do primeiro trimestre para 5%, ante 5,6% anteriormente, e dizendo que um golpe ainda mais profundo é possível.
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As divulgações de dados econômicos dos EUA estão escassas na segunda-feira, então o foco pode estar nos discursos dos membros do Federal Reserve Michelle Bowman e Patrick Harker. Que acontecerão antes do pronunciamento do Presidente do Fed Jerome Powell, prestando seu testemunho semestral de política monetária sobre a economia perante os comitês do Senado e da Câmara em Washington DC na terça e quarta-feira.
Espera-se que a presidência do Fed reforce o sinal de que a política está suspensa, uma vez que o mercado de trabalho continua limitado e o crescimento do consumo privado permanece sólido.
Em outros mercados, o petróleo caía na segunda-feira, dando continuidade às perdas da semana passada, quando registrou sua quinta perda semanal consecutiva. Permanecem dúvidas sobre a extensão dos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, grupo conhecido como OPEP +.
Às 09h00 da manhã, os contratos futuros de petróleo bruto eram negociados 0,1% abaixo a US$ 50,31 e o contrato de referência internacional Brent caía 0,1%, para US$ 54,45.
Escrito por: Investing.com
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