Reuters
Publicado 03.05.2022 13:20
Atualizado 03.05.2022 14:51
HONG KONG (Reuters) - As ações da gigante chinesa do comércio eletrônico Alibaba (NYSE:BABA) caíram até 9% nesta terça-feira após a publicação de uma reportagem da mídia estatal que citou que autoridades chinesas tomaram medidas contra um indivíduo de sobrenome Ma.
Os papéis se recuperaram depois que a reportagem foi atualizada para deixar claro que o alvo das autoridades não foi o fundador da empresa, Jack Ma.
A emissora estatal CCTV informou inicialmente que autoridades da cidade de Hangzhou, sede do Alibaba, tomaram medidas contra um indivíduo de sobrenome Ma, suspeito de usar a internet para se envolver em atividades que teriam colocado em risco a segurança nacional.
A emissora posteriormente revisou a reportagem para deixar claro que o indivíduo em questão tinha um nome de três caracteres, indicando que o alvo das autoridades não foi o bilionário fundador do Alibaba.
Um porta-voz do Alibaba não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters para comentar o assunto.
As ações do Alibaba caíram até 9,4% no início do pregão em Hong Kong. Mais tarde, os papéis reduziram a maior parte das perdas e encerraram em queda de 1,76%.
"Falar que um sujeito com o sobrenome Ma em Hangzhou ajudou uma investigação desencadeou o pânico, mas quando o esclarecimento surgiu... (ajudou) a acalmar o mercado", disse Steven Leung, diretor de vendas da corretora UOB Kay Hian.
Autoridades chinesas agiram anteriormente contra o império empresarial de Ma depois que ele fez comentários em Xangai em outubro de 2020. Na ocasião, Ma acusou os órgãos de fiscalização financeira da China de sufocarem a inovação no país.
Os reguladores chineses acabaram gerando uma suspensão na listagem da fintech Ant dois dias antes da estreia planejada, em 5 de novembro de 2020. A empresa seria avaliada em 37 bilhões de dólares no IPO.
Além disso, as autoridades ordenaram que a empresa fosse reestruturada e lançaram investigações antitruste nos negócios de Ma, levando a uma multa recorde de 2,75 bilhões de dólares para o Alibaba em abril do ano passado.
O próprio Ma tem mantido um perfil público discreto desde que a repressão das autoridades aos seus negócios começou.
(Por Donny Kwok em Hong Kong e Brenda Goh em Xangai)
Escrito por: Reuters
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