Ações do Alibaba têm maior queda em um mês após investigação sobre vazamento de dados

Reuters

Publicado 15.07.2022 12:31

Atualizado 15.07.2022 13:16

Por Josh Horwitz

XANGAI (Reuters) - As ações do Alibaba (NYSE:BABA) tiveram a maior queda em um mês na sexta-feira, depois que o Wall Street Journal publicou que a divisão de computação em nuvem da gigante de tecnologia chinesa foi convocada pelas autoridades de Xangai em conexão com um roubo de dados policiais.

Um hacker anônimo afirmou no início deste mês ter obtido informações pessoais de mais de 1 bilhão de chineses junto à polícia de Xangai. Um painel de gerenciamento do banco de dados ficou aberto na internet por mais de um ano sem proteção de senha, o que facilitou o acesso ao conteúdo, publicou o Wall Street Journal, citando pesquisadores de segurança eletrônica.

Com base em varreduras do banco de dados da polícia, os investigadores disseram que os dados estavam hospedados na plataforma de computação em nuvem do Alibaba, que desativou temporariamente o acesso ao banco de dados violado e iniciou uma análise desde que o roubo dos dados foi descoberto, segundo a reportagem.

O jornal, citando fontes familiarizadas com o assunto, também disse que as autoridades de Xangai convocaram executivos da divisão de computação em nuvem da empresa para darem explicações sobre o roubo de dados.

O governo de Xangai e porta-vozes do Alibaba e da divisão de computação em nuvem não comentaram o assunto. As autoridades chinesas ainda não confirmaram se a violação ocorreu.

O preço das ações do Alibaba nesta sexta-feira caiu até 5,98%, marcando a maior queda percentual diária desde 13 de junho.

As ações terminaram a semana em queda de 15,3%, a maior queda percentual semanal desde a estreia do papel no mercado de Hong Kong em novembro de 2019.

As ações da empresa listadas nos Estados Unidos fecharam em queda de 3,6% na quinta-feira.

Brock Silvers, diretor de investimentos da Kaiyuan Capital em Hong Kong, disse que se o Alibaba realmente estivesse conectado à suposta violação, estaria “à mercê dos reguladores de Pequim”.