Ações: Quais setores se beneficiam da alta da Selic?

Investing.com

Publicado 18.03.2021 18:39

Atualizado 18.03.2021 21:36

Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - As ações de bancos e de seguradoras lideraram as altas da B3 (SA:B3SA3) desta quinta-feira (17) após o aumento da taxa básica de juros, a Selic, vir acima do esperado pelo mercado.

O IFNC, o índice financeiro da bolsa brasileira, fechou com avanço de 0,47%, liderado por Santander Brasil (SA:SANB11), a R$ 40,80 (+2,56%), e Bradesco (SA:BBDC4), a R$ 26,53 (+2,08%). Já a seguradora SulAmérica (SA:SULA11) ficou na ponta das altas, com ganho de 3,15%, a R$ 36,96.

Ponto/Contraponto - Alta da Selic acima da expectativa: erro ou realismo?

Segundo Murilo Breder, analista da Easynvest, ambos os setores tendem a se beneficiar de uma alta dos juros, com os bancos podendo voltar a aumentar o spread bancário, enquanto as seguradoras ficam com melhores perspectivas de rendimentos.

“BB Seguridade (SA:BBSE3), SulAmérica, Porto Seguro (SA:PSSA3) e outras investem o dinheiro do segurado para ir rendendo enquanto não há sinistro. Normalmente, esses fundos são mais conservadores, então são muito correlacionados com o CDI”, explica.

h2 Esperar para ver/h2

Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos, vê, além do setor financeiro, a construção civil e as utilidades se beneficiando no futuro dessa movimentação do BC, a depender de uma redução da expectativa das taxas à frente.

“Esses setores ficariam bem em um cenário de desinclinação da curva de juros, com expectativa de taxas reduzindo para 2025 e 2026”, aponta.

Para ele, é preciso esperar um pouco para ver qual a reação do mercado à alta de juros anunciada pelo BC e o efeito disso na ponta de longo prazo da curva.

h2 Setores prejudicados/h2

Do outro lado, um setor que pode ser prejudicado pela alta das taxas é o imobiliário, explicam os analistas, com o encarecimento dos financiamentos para o segmento.

Ainda assim, como os juros básicos seguem próximos da mínima histórica e a perspectiva é de que a Selic suba para cerca de 4,5% até dezembro, segundo o Boletim Focus, essas companhias devem continuar se beneficiando do menor custo para empréstimos por um bom tempo.

h2 Setor de varejo/h2

Já o varejo também pode ter algum impacto à frente, principalmente quando o assunto são companhias voltadas para o e-commerce, explica Paloma Brum, analista de investimentos na Toro.

Ela diz que o crescimento acelerado dessas empresas depende de financiamentos que, por sua vez, tendem a ficar mais caros com os juros mais elevados, na mesma lógica do setor imobiliário.

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“Outro ponto é que o fluxo de caixa dessas companhias está em grande parte projetado para um futuro mais longínquo. Ao trazê-lo para o valor presente, com juros mais altos, as empresas passam a sofrer um maior desconto, o que implica na queda dos preços das ações”, aponta.

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Ela também cita empresas de bens de capital, como as provedoras de máquinas, motores, instalações fabris, ferramentas, entre outros, que podem ver uma diminuição dos investimentos com o maior endividamento das firmas.

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