Aéreas estão otimistas com recuperação, mas escassez de mão de obra pode atrapalhar

Reuters

Publicado 20.06.2022 15:54

Atualizado 20.06.2022 16:10

Por Tim Hepher e Alexander Cornwell

DOHA (Reuters) - As companhias aéreas globais atingidas pela Covid-19 estão confiantes em reduzir suas perdas, mas enfrentam desafios como escassez de mão de obra nos aeroportos, o que pode restringir o crescimento pós-crise, disseram executivos do setor.

Numa cúpula em Doha, o chefe da Qatar Airways, Akbar Al Baker, disse que a falta de mão de obra será um desafio nos próximos meses, embora haja muitos pedidos de emprego.

"As pessoas adquiriram o mau hábito de trabalhar em casa", disse Al Baker. "Elas sentem que não precisam ir para um setor que precisa de pessoas que realmente trabalhem".

O presidente da JetBlue, Robin Hayes, disse que o setor terá "um novo normal" nos próximos dois a três anos.

"O custo da má administração governamental foi substancial. Devastou economias, interrompeu cadeias de suprimentos e destruiu empregos", disse Willie Walsh, diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), na reunião anual do setor com mais de 100 chefes de companhias aéreas.

As aéreas também têm sido criticadas por governos e grupos de consumidores por interrupções, já que a demanda por viagens retomou mais rapidamente do que o esperado, enquanto o setor vê respostas governamentais descoordenadas à crise.

Walsh citou pesquisas mostrando que o fechamento de fronteiras mal impediu a propagação da pandemia, e praticamente interrompeu as viagens internacionais e paralisou as economias.

Governos pelo mundo emprestaram mais de 200 bilhões de dólares em apoio às aéreas para conter falências durante a pandemia, segundo a consultoria britânica de aviação Ishka.