Aneel propõe redução média de 5,89% das tarifas da Light após judicialização

Reuters

Publicado 11.10.2022 11:11

Atualizado 11.10.2022 12:35

SÃO PAULO (Reuters) - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu nesta terça-feira uma consulta pública sobre um reajuste extraordinário das tarifas da distribuidora Light (BVMF:LIGT3), propondo uma redução média de 5,89% aos consumidores.

A distribuidora fluminense já passou por reajuste anual em março, quando as tarifas tiveram elevação média de 14,68%. Porém, esses valores devem agora ser revistos por causa de uma lei aprovada em junho que determinou a devolução integral, aos consumidores, de créditos tributários conquistados pelas distribuidoras após a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins nas contas de luz.

A abertura de consulta pública pela Aneel ocorre após a judicialização desse caso pela Light, que considerou a lei inconstitucional e entrou com ações na Justiça para impedir a revisão extraordinária de suas tarifas anteriormente.

"A Aneel está obrigada, por força da decisão judicial proferida em favor da Light, a realizar consulta pública previamente à deliberação de mérito", explicou Helvio Guerra, diretor relator do processo na Aneel, em reunião nesta terça-feira.

A consulta pública, que fica aberta por 45 dias, pode levar a uma redução média de 5,89% das tarifas da Light, que atende cerca de 4 milhões de unidades consumidoras no Rio de Janeiro. Estima-se um efeito médio de -5,68% para os consumidores ligados na alta tensão e de -6,00% para os de baixa tensão.

Os cálculos levaram em conta cerca de 1,85 bilhão de reais em créditos tributários de PIS/Cofins a serem revertidos aos consumidores via redução de tarifas.