Após 4 meses ruins, Ibovespa inicia novembro em alta de 1,98%

Estadão Conteúdo

Publicado 01.11.2021 14:49

Atualizado 01.11.2021 19:10

Após 4 meses ruins, Ibovespa inicia novembro em alta de 1,98%

O Ibovespa fechou outubro caindo com Petrobras (SA:PETR4) e inicia novembro, espremido entre domingo e feriado, subindo com Petrobras (ON +3,72%, PN +2,75%). Ao final desta primeira sessão do novo mês, o índice da B3 (SA:B3SA3) mostrava recuperação de 1,98%, aos 105.550,86 pontos, após ter fechado a sexta-feira no menor nível desde 12 de novembro, há quase um ano. Hoje, oscilou entre mínima de 103.513,62 pontos, da abertura, e máxima de 106.135,93, da tarde, com giro a R$ 27,0 bilhões no encerramento. No ano, a perda do índice está agora em 11,31%, vindo de queda nos últimos quatro meses, de 6,74% em outubro e de 6,57% em setembro.

A falta de adesão à greve de caminhoneiros, que havia sido convocada para esta segunda-feira, foi recebida com alívio pelo mercado, retirando assim um novo fator que poderia agravar as preocupações quanto à inflação neste fim de ano. Dessa forma, o Ibovespa pôde se reconectar ao exterior positivo após ter perdido a carona em outubro, quando as referências de Nova York voltaram a renovar máximas históricas e o mercado local não conseguiu nem de longe acompanhar, pressionado pelas incertezas sobre a trajetória fiscal do País.

Na quarta-feira, depois do feriado brasileiro, a atenção estará concentrada na reunião de política monetária do Federal Reserve, com a expectativa para anúncio oficial do início do "tapering", como é conhecida a retirada de estímulos monetários, primeiro passo no processo de redução de liquidez e de aumento do custo de crédito na maior economia do mundo, com consequências globais. Aqui, expectativa para a votação, no mesmo dia, da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados, passo decisivo para viabilização do financiamento ao Auxílio Brasil.

Enquanto a quarta-feira não vem, na B3 "a queda do mês passado fez com que muitos papéis ficassem atrativos", observa em nota a equipe de análise da Terra Investimentos. "Ainda assim, o mercado segue de olho em questões relacionadas ao risco fiscal, inflação e aumento de juros", acrescenta.

Outro fator acompanhado de perto pelo mercado é a queda-de-braço do presidente Jair Bolsonaro com o comando da Petrobras sobre reajuste de combustíveis. Após ter criticado na semana passada o elevado lucro da empresa, e defendido que a estatal tem "papel social" a desempenhar, Bolsonaro disse hoje, em Roma, que a semana será de "jogo pesado" com a Petrobras, sem detalhar qual seria a estratégia do governo.

Ele disse ter sido informado, de forma extraoficial, que a Petrobras fará novo reajuste nos preços dos combustíveis dentro de 20 dias. "Isso não pode acontecer", afirmou Bolsonaro sobre o novo aumento. "Ideal, falei com Paulo Guedes ministro da Economia, é partirmos para privatizar a Petrobras", afirmou Bolsonaro.

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Apesar da fala de Bolsonaro sobre a Petrobras, o dia foi de recuperação bem distribuída pelos setores e empresas de maior peso, todos no azul na sessão, inclusive empresas públicas, como BB (SA:BBAS3) ON (+2,28%). Os papéis de varejistas também avançaram em bloco, com destaque para Magazine Luiza (SA:MGLU3) (+4,53%), Americanas ON (+5,12%) e Via (+8,13%).

"Os varejistas foram muito impactados recentemente pelos juros e inflação, assim como a questão fiscal e o temor com a greve dos caminhoneiros, que acabou tendo pouca adesão. Hoje, com o clima mais favorável por aqui e no exterior, investidores aproveitaram para fazer posição, porque entendem que essas ações estão baratas e têm bons fundamentos", diz Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos

"Semana mais curta e com os investidores ainda digerindo as perdas de outubro. O mercado está muito dividido sobre o que esperar da Bolsa em novembro, essa é a realidade: os resultados corporativos até têm vindo bem, mas o caos político e o custo Brasil, que vem se elevando pela perspectiva monetária brasileira, têm prejudicado a precificação da Bolsa, onde ela está e até onde pode chegar", diz Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos.

Para Braulio Langer, analista da Toro Investimentos, a recuperação ensaiada hoje pelo Ibovespa numa véspera de feriado, em que o volume costuma ser mais fraco, não chega a "emocionar". "Graficamente", ainda é provável que o Ibovespa venha a testar a região dos 100 mil pontos, diz Langer. "E dependendo da velocidade, se chegar lá e romper, pode ir aos 93 mil pontos", correspondente ao suporte seguinte, acrescenta o analista da Toro.

Na ponta do Ibovespa nesta segunda-feira, destaque para forte recuperação em Banco Inter (SA:BIDI4) (Unit +19,18%, PN +18,40%), à frente de Cogna (SA:COGN3) (+12,90%), Méliuz (SA:CASH3) (+10,57%), Azul (SA:AZUL4) (+8,97%) e Gol (SA:GOLL4) (+8,37%). O avanço das ações do Inter foi puxado pelo anúncio de que o Nubank, seu principal concorrente digital, distribuirá BDRs para clientes após a realização de IPO na Bolsa de Nova York (Nyse). Na face oposta do índice, JBS (SA:JBSS3) (-4,84%), Marfrig (SA:MRFG3) (-4,00%), CCR (SA:CCRO3) (-2,80%) e Assaí (SA:ASAI3) (-2,03%).

Entre os grandes bancos, os ganhos chegaram a 5,26% (Unit do Santander (SA:SANB11)) nesta segunda-feira, em dia também positivo para Vale ON (SA:VALE3) (+0,99%), mas misto para siderurgia (CSN ON (SA:CSNA3) +1,62%, Usiminas (SA:USIM5) PNA -1,13%, Gerdau (SA:GGBR4) PN -1,12%).

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