Após abrir em baixa, ações de siderúrgicas operam em alta após tarifas de Trump

Investing.com

Publicado 02.12.2019 10:31

Atualizado 02.12.2019 10:52

Investing.com - As ações das empresas siderúrgicas listadas na B3 iniciaram em baixa nos primeiros negócios desta segunda-feira na bolsa paulista, reagindo imediatamente ao tweet do presidente dos EUA Donald Trump de que vai restaurar as tarifas sobre o aço e alumínio produzidos no Brasil. Após declaração do presidente Jair Bolsonaro de que vai conversar com seu colega americano, os papéis da siderurgia viraram para alta às 10h39, com exceção da Usiminas (SA:USIM5).

As ações da Gerdau (SA:GGBR4) operavam em alta de 0,47% a R$ 17,06, enquanto os papéis da CSN (SA:CSNA3) subiam 1,35% a R$ 12,73. As ações da Usiminas (SA:USIM5) operavam em queda de 0,47% a R$ 8,46.

Alta das tarifas e acusação de manipulação cambial

No início da manhã desta segunda-feira, o presidente dos EUA Donald Trump disse no Twitter que vai restaurar as tarifas de importação sobre aço brasileiro e argentino. Trump justifica a adoção de tarifas após acusar Brasil e Argentina a desvalorizar o real e o peso argentino em relação ao dólar, o que "não seria benéfico aos fazendeiros americanos". Por isso, em contrapartida, o presidente americano anunciou a restauração sobre os produtos siderúrgicos dos dois países. Vale ressaltar que a taxação do aço e do alumínio importado pelos EUA foi o pontapé inicial da guerra comercial, no início do ano passado. Na ocasião, o alvo era os produtos siderúrgicos, mas impactavam as mercadorias oriundas de outros países.

O presidente Jair Bolsonaro disse que vai conversar com Trump sobre a medida. ""Vou conversar com [ministro da Economia] Paulo Guedes. Se for o caso, ligo para o Trump. Tenho um canal aberto com ele", disse Bolsonaro à agência Estado. "Converso com Paulo Guedes e depois dou a resposta. Para não ter de recuar, tá ok?", completou Bolsonaro.

Trump aproveitou o anúncio da medida para reiterar críticas à condução da política monetária pelo Federal Reserve, comandado pelo chairman Jerome Powell, o que leva a uma valorização do dólar contra outras moedas do mundo.

"O Federal Reserve deveria agir igualmente a esses países, que são muitos, que tomam vantagem sobre o nosso dólar forte", twittou Trump pressionando o Federal Reserve a acelerar o corte de juros. O presidente americano faz há um ano críticas à política monetária promovida pelo Federal Reserve que, segundo ele, estaria provocando uma valorização na moeda norte-americana. Em dezembro do ano passado, Trump teria consultado seus assessores econômicos sobre a possibilidade de uma eventual demissão de Powell do comando da autoridade monetária.

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Motivos da desvalorização do real e do peso em 2019

As moedas nacionais de Brasil e Argentina efetivamente se desvalorizaram durante 2019, cada uma por motivos distintos. Apesar de o dólar tenha se tornado mais forte em 2019 em relação à maioria das moedas do mundo, na Argentina o risco de calote em meio à recessão econômica e a troca da política econômica após a derrota do presidente liberal Maurício Macri pelo kirchnerista Alberto Férnandez nas eleições presidenciais deste ano pesaram para uma perda de 59% do valor da moeda argentina em relação ao dólar. Em 2 de janeiro, o peso era cotado a 37,65 pesos por dólar, enquanto no fechamento do pregão da última sexta-feira o preço da moeda argentina era de 59,92 pesos por dólar. Durante o ano, o pico foi de 62,84.

No caso do real, a alta do dólar ocorre devido à diminuição do diferencial de juros, com o corte da taxa básica de juros conduzida pelo Copom desde julho ser maior que a flexibilização monetária promovida pelo Fed. Além disso, o Brasil teve saldo líquido negativo de fluxo cambial, de US$ 20 bilhões, o maior em 20 anos. Na semana passada, o dólar atingiu sua maior cotação nominal no Plano Real, quando atingiu R$ 4,2773 na última terça-feira. No ano, o dólar acumula valorização de 9,14% em relação ao real, iniciando 2019 cotado a R$ 3,8813.

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