Após meses de espera, Amazon.com inicia vendas diretas no Brasil com 11 categorias de produtos

Reuters  |  Autor 

Publicado 22.01.2019 10:35

Após meses de espera, Amazon.com inicia vendas diretas no Brasil com 11 categorias de produtos

Por Gabriela Mello

SÃO PAULO (Reuters) - A varejista norte-americana Amazon.com (NASDAQ:AMZN) inicia nesta terça-feira as vendas diretas de 11 categorias de produtos a partir do seu novo centro de distribuição em Cajamar (SP), em mais um passo da tão aguardada expansão das operações na maior economia da América Latina.

O lançamento ocorre após vários meses de espera e confirma reportagens veiculadas pela Reuters no último ano sobre os esforços da gigante para superar os desafios logísticos inerentes a um país tão extenso quanto o Brasil e avançar com o chamado Fulfillment by Amazon (FBA).

"Lançamos com 320 mil produtos diferentes em inventário, sendo 200 mil livros... Nossa obsessão é sempre aumentar esse catálogo e ter tudo aquilo que o brasileiro procura e quer comprar na internet", afirmou à Reuters o presidente da Amazon no Brasil, Alex Szapiro.

Ainda segundo o executivo, embora o momento coincida com o início de um novo governo, a decisão nada tem a ver com política ou macroeconomia. "Temos sido otimistas no Brasil há anos... Eram outros governos quando tomamos decisões lá atrás, então para nós não influencia em nada", explicou.

A Amazon.com desembarcou no Brasil em 2012, concentrando-se inicialmente na venda de livros digitais e físicos, e começou a adicionar novas categorias a partir de 2017 por meio da venda de produtos de terceiros.

A companhia não informa o tamanho da base de vendedores do marketplace, que ganhará quatro novas verticais a partir desta terça-feira: bebês, brinquedos, beleza e cuidado pessoal. Essas e outras sete estarão disponíveis na plataforma de venda direta, amplamente conhecida como 1P dentro o jargão de varejo.

"Temos mais de 800 fornecedores/marcas distintos para venda direta", acrescentou Szapiro, sem entrar em detalhes sobre as negociações.

Em novembro, a Reuters noticiou que os esforços da Amazon para iniciar a venda direta no Brasil esbarravam em um complexo sistema tributário, logística complicada e relações árduas com fornecedores. Na ocasião, fontes citaram a pouca flexibilidade por parte da gigante varejista como um dos principais entraves.

"Como toda boa negociação, você se senta e quer ter as melhores condições para oferecer ao cliente... Nunca tem uma em que não haja discussão sobre os termos", comentou o executivo ao ser questionado sobre o tom das conversas.

Exceto livros, cuja distribuição seguirá sob os cuidados da operadora logística Luft em Barueri (SP), os demais itens para venda direta serão despachados a partir do galpão logístico em Cajamar, segundo ele.

Com 47 mil metros quadrados, o equivalente a 10 campos de futebol, a instalação é fruto de uma parceria com a também norte-americana Prologis (NYSE:PLD), conforme antecipou a Reuters mais de 11 meses atrás.

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Szapiro não revelou o investimento nem o número de pessoas contratadas para o lançamento da plataforma 1P, mas disse que a Amazon emprega mais de 1.400 pessoas direta e indiretamente somadas todas as operações no Brasil.