AstraZeneca diz que dados preliminares indicam que 3ª dose ajuda contra a Ômicron

Reuters

Publicado 13.01.2022 10:03

Por Pushkala Aripaka e Ludwig Burger

(Reuters) - A AstraZeneca (NASDAQ:AZN) (SA:A1ZN34) afirmou nesta quinta-feira que dados preliminares de estudos mostraram que sua vacina contra a Covid-19 , a Vaxzevria, produziu aumento de anticorpos contra a Ômicron e outras variantes após a aplicação de uma terceira dose de reforço.

A resposta, que também ocorre contra a variante Delta, foi registrada em análises sanguíneas de pessoas que foram vacinadas previamente ou com a Vaxzevria ou com uma vacina de RNA mensageiro (mRNA), afirmou a farmacêutica, acrescentando que vai submeter os dados a reguladoras do mundo todo, dada a necessidade urgente por doses de reforço.

A AstraZeneca desenvolveu a vacina com pesquisadores da Universidade de Oxford, e estudos de laboratório conduzidos pela universidade no mês passado já concluíram que a aplicação de três doses da Vaxzevria aumenta os níveis de anticorpos no sangue contra a variante Ômicron, de rápida propagação.

A nota breve na quinta-feira, sem incluir dados específicos, foi a primeira da AstraZeneca sobre o potencial de proteção da Vaxzevria como dose de reforço seguindo a aplicação de duas doses da própria, ou de alguma outra de tecnologia mRNA, fabricada pela PfizeR-BioNTech ou pela Moderna (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34).

A empresa disse que a conclusão "acrescenta ao conjunto cada vez maior de evidências que sustentam que a Vaxzevria como terceira dose de reforço independentemente das vacinas anteriores testadas".

Os dados sobre o potencial da Vaxzevria como dose de reforço foram obtidos a partir de uma análise comparativa em estudos que testam um imunizante desenvolvido com a tecnologia de vetor por trás da Vaxzevria, mas com objetivo de combater a hoje superada variante Beta. A AstraZeneca está tentando mostrar que sua vacina específica para a Beta também tem potencial contra outras variantes e mais dados de estudos são esperados ao longo da primeira metade do ano.

Separadamente, a Universidade de Oxford e a AstraZeneca começaram no mês passado a trabalhar em uma vacina especialmente destinada a combater a variante Ômicron, embora a Astra - assim como outras fabricantes de vacinas em projetos de desenvolvimento semelhantes - tenha dito que ainda não está claro se a atualização é necessária.

Um estudo britânico de grandes proporções em dezembro concluiu que as doses da AstraZeneca aumentam anticorpos quando administradas como doses de reforços após a imunização inicial com doses próprias ou da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34), mas isso foi antes da explosão de casos provocada pela variante Ômicron.

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