B3 lança índice com empresas do Ibovespa boas pagadoras de dividendos

Reuters

Publicado 28.09.2023 15:08

SÃO PAULO (Reuters) - A B3 (BVMF:B3SA3), empresa de infraestrutura de mercado financeiro, anunciou nesta quinta-feira a criação do primeiro índice derivado do Ibovespa em 55 anos, que incluirá em sua carteira empresas do Ibovespa que se destacam nos pagamentos de dividendos aos acionistas.

O Ibovespa Smart Dividendos terá na sua primeira composição 21 empresas que pagam os maiores valores de dividendos em relação ao preço da ação, e irá vigorar até 29 de dezembro deste ano, quando deve passar por um processo de rebalanceamento, como ocorre com os outros índices acionários, segundo a B3.

"É simbólico termos o primeiro índice derivado do Ibovespa B3 no ano em que ele completa 55 anos", afirmou o gerente de índices da B3, Henio Scheidt, em comunicado.

"Além de dar visibilidade para as empresas que ao mesmo tempo são referências no mercado e são boas pagadoras de dividendos, o Ibovespa Smart Dividendos é mais uma tese de investimento que disponibilizamos ao mercado", acrescentou.

Os critérios para uma empresa ser adicionada incluem, além de pertencer ao Ibovespa, estar entre as 25% maiores pagadoras de dividendos, considerando a média ponderada dos últimos seis anos, dando mais peso para os anos recentes, e a normalização de pagamentos muito acima da média da companhia.

Os critérios de ponderação, ou seja o peso de cada papel no índice, contemplam um "score dividendo" -- maiores pagadores, recorrência e menor oscilação nos proventos pagos -- e um limite máximo de 20% por empresa.

Sob o código IBSD, o Ibovespa Smart Dividendos será lançado na sexta-feira, mas entra nos sistemas tradicionais da B3 na segunda-feira, com cotação em tela calculada a cada 30 segundos.

Os cinco papéis com maior peso no novo índice são Taesa (BVMF:TAEE11) unit, com 5,80%; Telefônica Brasil (BVMF:VIVT3), com 5,80%; BB Seguridade (BVMF:BBSE3), com 5,69%; Santander Brasil (BVMF:SANB11) unit, com 5,54%; e Engie (BVMF:EGIE3) Brasil, com 5,49%.

Ainda estão presentes as ações de Itaúsa (BVMF:ITSA4), Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), Bradespar (BVMF:BRAP4), Cemig (BVMF:CMIG4), Copel (BVMF:CPLE6), CPFL Energia (BVMF:CPFE3), CSN (BVMF:CSNA3), Vale (BVMF:VALE3), Gerdau (BVMF:GGBR4), Vibra Energia (BVMF:VBBR3), Cyrela (BVMF:CYRE3), Metalúrgica Gerdau (BVMF:GOAU4), Cielo (BVMF:CIEL3), Petrobras (BVMF:PETR4), CSN Mineração (BVMF:CMIN3) e Marfrig (BVMF:MRFG3).

De acordo com a B3, caso existisse desde 2013, o Ibovespa Smart Dividendos teria acumulado alta de 142% até o final de agosto. No mesmo período, o Ibovespa subiu 87%.

Em paralelo, a B3 anunciou uma parceria com a Nu Asset Management, da Nu Holdings (NYSE:NU), para a criação do fundo de índice negociado em bolsa de valores (ETF, na sigla em inglês) Nu Renda Ibov Smart Dividendos, que replica o novo índice da B3 e tem pagamento mensal de dividendos aos cotistas.

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