Banco do Brasil sobe após divulgação do balanço e investimentos em tecnologia

Investing.com

Publicado 06.08.2020 12:00

Por Leandro Manzoni

Investing.com – As ações do Banco do Brasil (SA:BBAS3) tinham valorização no final da manhã na B3, com ganhos acima do Ibovespa hoje. A instituição divulgou hoje, antes da abertura do mercado, o balanço referente às operações do segundo trimestre do ano, com queda no lucro e abaixo da previsão. Além disso, o banco anunciou investimentos de R$ 2,3 bilhões em tecnologia nos próximos três anos.

Por volta das 11h51, os papéis do banco avançavam 1,83% a R$ 33,94, próximo da máxima de R$ 33,97. O Ibovespa subia 0,87% a 103.738 pontos.

Balanço

A companhia registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,311 bilhões no período, queda de 25,3% na comparação com o mesmo intervalo de 2019. O resultado ficou abaixo da mediana do consenso do mercado de R$ 3,84 bilhões, de acordo com dados da Refinitiv.

O resultado reflete o aumento das provisões para empréstimos inadimplentes em meio à crise desencadeada pelo coronavírus e uma taxa de impostos mais alta. As provisões para perdas com empréstimos ficaram em R$ 5,907 bilhões, um aumento de 42,4% em relação ao ano anterior.

O índice de inadimplência de 90 dias caiu para 2,8% de 3,2%, uma vez que o banco deu aos clientes mais tempo para eles pagarem empréstimos como uma forma de ajudá-los a enfrentar as consequências da pandemia da economia.

Os impostos alcançaram R$ 967 milhões, alta de 69,4% em relação ao mesmo trimestre de 2019. A carteira de empréstimos do BB se manteve praticamente inalterada em relação ao trimestre anterior, ao contrário de seus maiores concorrentes listados, que mostraram expansão. As despesas operacionais aumentaram 2,6%, enquanto as receitas de tarifas caíram 6,4% em meio a medidas de isolamento social e à competição bancária mais acirrada.

A margem financeira aumentou 8,2% em relação ao ano anterior, para R$ 14,541 bilhões, com menores custos de captação.

Em fato relevante separado, o BB comunicou que seu conselho diretor aprovou o valor de R$ 1,257 bilhão em remuneração aos acionistas sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP) relativos ao primeiro semestre de 2020.

Modernização

O Banco do Brasil anunciou que vai investir mais R$ 2,3 bilhões em tecnologia nos próximos três anos. Em paralelo à divulgação de resultados do segundo trimestre, também confirmou o lançamento de um plano para aportar recursos em novatas da tecnologia, conforme antecipou na quarta-feira, 5, a Coluna do Broadcast.

O BB explica, em relatório, que a era digital aumentou a exigência do consumidor e, portanto, os investimentos em tecnologia e o foco na transformação digital se mostram fundamentais. O aporte adicional de R$ 2,3 bilhões para tecnologia e analytics, conforme o banco, visa a "oferecer aos clientes novas experiências com opções mais práticas, seguras e rápidas no mundo digital".

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Nesta quinta, o banco também lança seu Programa de Investimento em Startups. Conforme antecipou na quarta a Coluna do Broadcast, o orçamento previsto é de R$ 200 milhões, com aporte inicial de R$ 100 milhões. De acordo com o BB, a iniciativa tem como objetivo não só melhorar a experiência dos clientes bem como mira ganhos em eficiência operacional.

"O plano nasce em consonância com as melhores práticas de mercado e de governança, com aporte inicial de R$ 100 milhões", confirma o BB, em nota à imprensa.

A instituição explica que, além de potencializar parcerias, o programa de startups traz benefícios como intercâmbio cultural com as novatas, permite identificar e antecipar tendências e acelera o desenvolvimento de novas soluções.

O banco tem interesse em startups que tenham sinergia com o seu negócio como aquelas focadas nos setores financeiro, seguros e de agronegócios. Em troca, vislumbra parcerias com elas. A meta da instituição era ter uma série de investimentos ainda em 2020, mas a pandemia atropelou os planos.

Para viabilizar o investimento, o BB já teria selecionado fundos que compram participação em empresas iniciantes, conhecidos como venture capital, e gestores privados. Além disso, gastou um tempo com a definição e aprovação de regras duras de governança corporativa nos vários escalões do banco. Uma das premissas é a de que a instituição não terá controle de nenhum negócio investido.

(Com contribuição de Reuters e Estadão Conteúdo)

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