Reuters
Publicado 02.07.2020 12:21
Por Huw Jones e Maya Nikolaeva
LONDRES/PARIS (Reuters) - Dezesseis bancos de Alemanha, França e três outros países da zona do euro disseram nesta quinta-feira que um sistema de pagamentos "verdadeiramente europeu" deverá estar em vigor em 2022 para digitalizar totalmente uma região onde metade dos pagamentos de varejo ainda são em dinheiro.
Parlamentares e banqueiros centrais da União Europeia há muito procuram um rival doméstico para enfrentar a Mastercard e a Visa dos Estados Unidos e, mais recentemente, gigantes da tecnologia como Alipay e Google (NASDAQ:GOOGL). Mas isso não aconteceu, embora os pagamentos em tempo real sejam possíveis na zona do euro desde 2017.
O Banco Central Europeu elogiou nesta quinta-feira a decisão dos bancos de lançar o sistema de pagamento europeu unificado até 2022, depois de defender por anos uma solução orientada pelo setor para competir com empresas como Mastercard e Visa.
"O objetivo é fortalecer a Europa, torná-la mais independente e robusta", disse Thierry Laborde, vice-diretor de operações do banco francês BNP Paribas (PA:BNPP), que faz parte do projeto.
"Faremos isso coletivamente, reunindo nossos recursos. Quanto aos sistemas de distribuição, os preços diferem de um banco para outro, mas a infraestrutura será pan-europeia".
A chamada Iniciativa Europeia de Pagamentos pretende se tornar um novo meio de pagamento padrão, oferecendo um cartão para consumidores e varejistas em toda a Europa, afirmou o comunicado dos 16 bancos.
Abrangerá todos os tipos de transações, incluindo em lojas, online, saque em dinheiro e 'peer-to-peer', além das soluções existentes de pagamentos internacionais.
Bancos já inscritos incluem BBVA (MC:BBVA), BNP Paribas, Commerzbank, Deutsche Bank, Santander (SA:SANB11), ING, UniCredit (MI:CRDI) e Societe Generale (PA:SOGN).
Nas próximas semanas, o projeto criará uma empresa interina em Bruxelas, com outros provedores de serviços de pagamento convidados a participar, disseram os bancos.
((Tradução Redação São Paulo; 55 11 56447727))
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Escrito por: Reuters
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