Bancos e fundos travam disputa antes de assembleia de credores da Oi, diz jornal

Investing.com

Publicado 15.07.2020 13:27

Atualizado 15.07.2020 14:40

Por Gabriel Codas

Investing.com - Um novo impasse atinge a Oi (SA:OIBR3), desta vez envolvendo bancos e fundos internacionais. De acordo com reportagem do jornal O Globo, a disputa agora é em relação ao novo plano de recuperação judicial da companhia, para a venda de ativos, como a operação de telefonia móvel e uma fatia da área de fibra ótica. O tema será levado à votação na Assembleia Geral de Credores, que deve acontecer presencialmente no próximo mês.

De acordo com a publicação, Itaú, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil (SA:BBAS3) estão questionando a estratégia da tele. A reclamação é o corte de 60% do montante a receber, estimado em um total de R$ 8,8 bilhões. O ponto de questionamento é que o novo plano seria benéfico somente para os atuais acionistas, formado basicamente por fundos estrangeiros.

Em sua defesa, o grupo de fundos apontam que já tiveram cortes de 50% a 80% do valor das d´vidas há dois anos, e que uma parte dos papéis foram convertido em ações da Oi. Esse impasse pode levar à não aprovação do plano pelos bancos, que ainda ameaçam entrar na Justiça caso a maioria dos credores aceite as mudanças propostas.

A reportagem informa que, diante desse cenário a Justiça do Rio determinou a instauração de uma mediação com todos os interessados e que deve ter duração de 30 dias. A assembleia de credores deve ocorrer por volta do dia 20 de agosto, no Rio de Janeiro, "de forma presencial tomando todos os cuidados de distanciamento social e higienização".

O jornal ouviu fontes na área jurídica que avaliam o impasse como complexo. A Caixa diz que "não há como se impor aos credores dissidentes uma nova condição de pagamento, sob pena de se perpetuar o processo indefinidamente". Alega que os bancos "estão tendo um tratamento muito pior e, portanto, não paritário, quando comparado com outros credores".

O Globo cita uma fonte que explica que o corte de 60% no montante que os bancos têm a receber se deve ao fato de terem prioridade no recebimento do crédito. A expectativa é que a operação móvel da Oi seja vendida até o fim de 2021 com valor entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões em leilão.

Por volta das 14h39, os papéis ordinários operavam estável a R$ 1,17, enquanto os preferenciais subiam 1,38% a R$ 1,47.

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