Bancos sobem após governo renovar desoneração da folha sem mexer nos impostos do setor

Reuters

Publicado 03.01.2022 11:29

Atualizado 03.01.2022 12:50

SÃO PAULO (Reuters) - As ações de bancos subiam na bolsa de São Paulo nesta segunda-feira, devolvendo perdas recentes, após o governo federal sancionar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia sem aplicar compensações temidas pelo setor financeiro.

Por volta de 11h08, as ações preferenciais do Itaú Unibanco (SA:ITUB4) subiam 1,9%, enquanto os papéis ordinários e preferenciais do Bradesco (SA:BBDC4) avançavam 2,1% e 1,6%, respectivamente, as ações do Banco do Brasil (SA:BBAS3) marcavam alta de 2,3% e os units de Santander Brasil (SA:SANB11) apontavam ganhos de 1,2%.

No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,2%, devolvendo parte dos ganhos da abertura. O principal índice da bolsa brasileira era puxado por papéis do setor financeiro e de commodities.

O governo de Jair Bolsonaro sancionou no último dia de 2021 um projeto de lei que renovou a desoneração de folha para os 17 setores que mais empregam no país por mais dois anos -- o benefício se encerraria no final de 2021.

O governo vinha estudando fontes alternativas de receita para compensar o que deixaria de ser arrecadado com a desoneração. Além de uma possível prorrogação da sobretaxa do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) até 2023, o governo avaliava manter em patamar elevado a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cobrada de instituições financeiras.

A possibilidade de mudanças ajudou na queda das ações dos bancos nos últimos pregões, especialmente no dia 30 de dezembro. Bradesco PN e Itaú Unibanco PN, por exemplo, somavam três baixas seguidas até esta segunda-feira.