BB-BI vê trimestre positivo para setor de alimentos e bebidas com alta do dólar

Investing.com  |  Autor 

Publicado 19.10.2018 15:25

BB-BI vê trimestre positivo para setor de alimentos e bebidas com alta do dólar

Investing.com - Com a temporada de balanços começando na próxima semana, o Banco do Brasil (SA:BBAS3) Investimentos (BB-BI) espera que a maior parte das companhias do setor de alimentos e bebidas deve ter se beneficiado pelo câmbio, trazendo aumento do faturamento.

Os analistas também observam aumento nos preços na comparação com o segundo trimestre, gerando resultados positivos, especialmente para Ambev (SA:ABEV3) e M. Dias Branco (SA:MDIA3). O momento é positivo também para a indústria de carne bovina dos Estados Unidos, que também pode puxar os números operacionais da JBS (SA:JBSS3) e Marfrig (SA:MRFG3).

No entanto, os preços mais altos do milho e as restrições impostas às exportações de carne de aves e suína brasileira devem compensar parcialmente os aumentos de margem.

Ambev (divulgação: 25 de outubro, antes da abertura do mercado)

Expectativa positiva. O BB-BI espera os volumes de cerveja sejam impactados negativamente pelo aumento de preço anunciado pela companhia no 2T18. No entanto, a implementação da alta que ocorreu ao longo do 3T18, associada a menores despesas, poderia sustentar as margens.

Além disso, eles esperam que América Central e Caribe ainda apresente resultados sólidos e supere o desempenho no ano passado, que foi negativamente impactado por um furacão na região. Por outro lado, o América Latina deve ser impactada negativamente devido à maior inflação e menor poder de compra dos consumidores na Argentina. Assim, a estimativa é que a margem EBITDA suba para 42,6%, de 40,1% no 3T17.

JBS (divulgação: 13 de novembro, após o fechamento do mercado)

Expectativa Negativa. Para o banco, os resultados devem ser negativos na comparação anual, principalmente em razão de (i) PPC enfrentar menor demanda que impacta os preços e consequentemente as margens; e (ii) os números da Seara, que podem reverter o impacto negativo da greve no 2T18, mas devem continuar amargando o maior custo com grãos.

Por outro lado, os analistas destacam: (i) a JBS USA Beef com demanda consistente tanto no mercado interno e externo; e (ii) JBS Beef Brazil, que deverá apresentar recuperação de margens devido a fortes exportações e um câmbio favorável.

Por isso, de forma geral, eles esperam uma margem EBITDA de 8% contra 10,5% no 3T17. Além disso, conforme relatado pela JBS em 1º de outubro, a empresa pode relatar um impacto negativo de R$ 2,4 bilhões no lucro líquido relacionado ao programa Funrural.

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BRF (SA:BRFS3) (divulgação: 08 de novembro, antes da abertura do mercado)

Expectativa Positiva. Na visão da equipe do BB-BI, depois de atingir o ponto mais baixo, a BRF pode começar a mostrar uma recuperação gradual a partir do 3T18, apesar de uma base ainda difícil de comparação anual.

Do lado positivo, a expectativa é de alguma recuperação de margem no Brasil, devido aos resultados positivos decorrentes de ajustes na oferta e preços ao longo do trimestre, conforme anunciado pela empresa. Seguindo o mesmo caminho, eles acreditam que a One Food continue apresentando uma tendência de alta em termos de volume, como registrado no 1S18, também beneficiado pelo fortalecimento do dólar.

Por outro lado, o BB-BI espera números negativos provenientes da Europa, devido às restrições às exportações, e da Ásia, principalmente devido as taxas impostas pela China, que devem impactar a lucratividade das vendas na região.

Assim, estimativa é de uma receita de R$ 9 bilhões com uma margem EBITDA ajustada de 6,9% contra 10,8% no 3T17 e de 4,6% no 2T18.

Expectativa Negativa. Como resultado da integração de Piraquê, o banco espera que o principal produto da empresa (bolachas e biscoitos) impulsione a receita no trimestre. Nesse contexto, o volume deve aumentar 10% no ano nesse segmento que, juntamente com aumentos de preços anunciados pela companhia e implementados ao longo do trimestre, podem levar a receita a R$ 1,6 bilhão (+11% a/a).

Por outro lado, os analistas enxergam que as margens sendo pressionadas pelos preços mais altos do trigo e pela valorização do dólar. No 1S18, o preço médio do trigo cresceu cerca de 10% a/a, o que pode ter impactado negativamente a margem bruta.

Assim, eles espera que a margem EBITDA caia para 16,0%, de 19,8% no 3T17.

Marfrig (divulgação: 05 de novembro, após o fechamento do mercado)

Expectativa Negativa. Diante da venda da Keystone e do novo ativo nos EUA, a National Beef, agora totalmente considerada no trimestre, a Marfrig deverá apresentar resultados positivos no 3T18. Os analistas esperam que o NB apresente um forte desempenho em função de uma demanda doméstica positiva por carne bovina nos EUA e custos (preços do gado) em níveis confortáveis.

Além disso, o forte desempenho das exportações de carne bovina brasileira pode compensar parcialmente o cenário ainda difícil para o consumo no mercado interno. Assim, a estimativa é que a receita atinja R$ 10,4 bilhões e a margem EBITDA próxima a 9,4%.

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