BofA eleva Vale, CSN e Usiminas para "compra"; corta Gerdau para "neutra"

Reuters

Publicado 20.11.2023 12:56

(Reuters) - Analistas do Bank of America (NYSE:BAC) elevaram a recomendação das ações da Vale, da CSN e da Usiminas (BVMF:USIM5) para "compra" e a de CSN Mineração para "neutra", citando uma visão mais otimista para os preços do minério de ferro em 2024.

Em contrapartida, reduziram a classificação dos papéis da Gerdau (BVMF:GGBR4) para "neutra", conforme relatório a clientes nesta segunda-feira, no qual os analistas liderados por Caio Ribeiro também elevaram Ternium para "compra".

"Nós elevamos Vale, Ternium, CSN e Usiminas para 'compra', juntamente com a postura mais otimista de nossa equipe global de commodities com 2024, especialmente em relação ao minério de ferro no curto prazo", argumentaram.

Eles avaliam que o minério de ferro pode estender seu recente rali e atingir 150 dólares a tonelada no primeiro trimestre do próximo ano, uma vez que as usinas podem ser forçadas a entrar no mercado devido aos estoques baixos e persistentes.

"O reabastecimento, juntamente com a produção sazonalmente mais fraca de minério de ferro do Brasil e da Austrália, deve apoiar um primeiro trimestre mais apertado, e então veremos os preços caindo gradualmente para 100 dólares a tonelada no quarto trimestre de 2024", afirmaram Ribeiro e equipe.

"Isso aumenta nossa média de minério de ferro em 2024 para 125 dólares a tonelada e respalda nossas atualizações de Vale, CSN e Usiminas para 'compra'", reforçaram. Eles acrescentaram que preferem Vale e CSN em relação a CSN Mineração principalmente em razão de valuations.

A equipe do BofA também ajustou os preços-alvo dos papéis: CSN passou de 10,5 para 20 reais; Vale passou de 80 para 102 reais; Usiminas passou de 7 para 9 reais; e CSN Mineração passou de 3,6 para 7,3 reais.

A visão mais conservadora para Gerdau e sua holding Metalúrgica Gerdau (BVMF:GOAU4) reflete a preferência pelo minério de ferro ao aço no curto prazo. Os preços-alvos mudaram de 29 para 27 reais e de 16 para 14 reais, respectivamente.

"A Gerdau é a siderúrgica latino-americana menos exposta ao minério de ferro, não se beneficia do aumento dos preços do aço laminado a quente (HRC) nos EUA e está enfrentando alguma pressão na América do Norte devido à fraca demanda de construção e ao pico dos spreads de metal", acrescentam.

De acordo com os analistas, a companhia também está pressionada no Brasil devido à demanda mais fraca e maior penetração de importações.