BofA: Rali nas ações terminará com bolha ou recessão

Investing.com  |  Autor Vahid Karaahmetovic

Publicado 06.05.2024 18:13

Investing.com – As ações e os títulos atraíram a maior parte dos investimentos nos EUA na semana passada, segundo estrategistas do Bank of America, em relatório emitido na última sexta-feira.

Os fundos de ações captaram US$ 9,8 bilhões e os fundos de títulos US$ 4,6 bilhões, em contraste com os fundos de mercado monetário, que tiveram retiradas de US$ 1,6 bilhão. Os fundos de criptomoeda enfrentaram as maiores retiradas desde junho de 2022, somando US$ 600 milhões, e os fundos de ouro vivenciaram sua maior saída desde janeiro, com US$ 1,1 bilhão.

No cenário regional, a China registrou a maior entrada de capitais em oito semanas, totalizando US$ 2,7 bilhões, enquanto a Europa viu seu primeiro fluxo positivo desde dezembro, com US$ 300 milhões. Os estrategistas apontam que o movimento contrário à estratégia "Anything But China" reverteu consideravelmente nos últimos três meses.

Os Estados Unidos observaram a segunda semana consecutiva de entradas, com US$ 100 milhões, e as ações de mercados emergentes também registraram entradas de US$ 3,1 bilhões, montante igual ao do Japão pela segunda semana seguida.

Setorialmente, o setor financeiro experimentou a maior saída em oito semanas, com US$ 700 milhões, enquanto o setor de serviços públicos teve sua primeira entrada desde janeiro, também no valor de US$ 300 milhões.

Bolha ou recessão/h2

Os estrategistas do BofA indicam que, apesar dos títulos estarem em um mercado secular de baixa, os riscos de um pouso forçado são mínimos, o que poderia desencadear uma recuperação breve e intensa nos títulos se houver dados econômicos mais fracos. Contudo, as ações parecem estar em um "mercado de alta secular tardio", que provavelmente terminará "com uma bolha e/ou uma recessão".

Na renda fixa, os títulos de grau de investimento registraram entradas pela 27ª semana consecutiva, somando US$ 3,9 bilhões. Os títulos de alto rendimento retomaram as saídas, com retiradas de US$ 100 milhões, e tanto os títulos do Tesouro dos EUA quanto a dívida de mercados emergentes tiveram a segunda semana de saídas, com US$ 300 milhões e US$ 700 milhões, respectivamente.

Os empréstimos bancários, por outro lado, atraíram entradas pelo segundo período consecutivo, também no valor de US$ 700 milhões.

Goldman vê disparada no ouro até US$ 3000/h2

Os preços do ouro alcançaram patamares recordes, ultrapassando US$ 2.400 por onça no mês passado, devido ao aumento da demanda global em um contexto de incertezas econômicas e geopolíticas.

Os estrategistas do Goldman Sachs projetam que o metal precioso tem espaço para valorizar ainda mais, possivelmente superando US$ 3.000 até o final do ano.

Um dos principais motores dessa alta nos preços é a demanda robusta por ouro por parte dos bancos centrais globais e consumidores asiáticos. Na China, a recuperação econômica pós-pandemia e a desvalorização do yuan, que caiu cerca de 5% em relação ao dólar americano no último ano, têm aumentado o custo do ouro para os consumidores locais.

No entanto, tanto os consumidores chineses quanto o Banco Popular da China (PBOC) continuam a adquirir ouro intensamente. O PBOC aumentou suas reservas de ouro por 17 meses consecutivos, acumulando um aumento de 16% em suas reservas nesse período, segundo o World Gold Council. Apenas em março, o PBOC adicionou 160.000 onças de ouro às suas reservas.

Países como Turquia, Índia, Cazaquistão e alguns na Europa Oriental também têm sido compradores ativos de ouro este ano, refletindo uma tendência mais ampla entre os bancos centrais de diversificar suas reservas e reduzir a dependência do dólar americano.

Após uma leve retração no final de abril, os preços do ouro voltaram a subir esta semana, após indicativos do Federal Reserve de que cortes de taxas poderiam estar próximos.

Na sua última reunião de política monetária, o Fed manteve as taxas de juros, como esperado, e continuou a sinalizar que as futuras decisões sobre taxas seriam guiadas pelos dados econômicos, com o presidente Jerome Powell indicando que um aumento das taxas é improvável no momento.

Essa posição reforçou o apelo do ouro, mantendo os preços acima de US$ 2.300, uma vez que taxas de juros mais baixas tendem a reduzir os rendimentos dos títulos e aumentar o interesse pelo metal como um investimento seguro.

Além disso, as tensões geopolíticas, especialmente no Oriente Médio, têm aumentado a demanda pelo ouro, tradicionalmente visto como um refúgio seguro em tempos de crise.

Os analistas do banco mantêm sua projeção de que o ouro poderá atingir US$ 2.700 por onça troy até o final do ano, com base na demanda contínua dos bancos centrais e das famílias asiáticas. Usando modelos que consideram a elasticidade da oferta e da demanda, eles também sugerem que os preços podem chegar a US$ 3.130 por onça troy, caso as sanções financeiras dos EUA se intensifiquem.

Em outro cenário, um aumento nos spreads de Credit Default Swap (CDS) de 5 anos dos EUA poderia levar os preços a subir ainda mais, para US$ 3.080 por onça troy, impulsionados pelo aumento nas compras de ouro pelos bancos centrais.

"Embora haja incertezas significativas em torno das perspectivas geopolíticas, fiscais e financeiras e de como elas podem afetar a demanda de ouro dos bancos centrais e os preços do ouro, nosso estudo destaca o valor do ouro como proteção contra cenários adversos", concluíram os estrategistas do Goldman Sachs.

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