Bolsas da Europa fecham na maioria em alta com BCE no foco, mas Londres destoa

Estadão Conteúdo

Publicado 22.07.2021 10:34

Atualizado 22.07.2021 13:40

Bolsas da Europa fecham na maioria em alta com BCE no foco, mas Londres destoa

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, 22, com investidores de olho na reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que decidiu manter a acomodação monetária na zona do euro e sinalizou que os juros baixos na região devem permanecer por mais tempo. Contrariando o movimento geral, a bolsa de Londres recuou hoje, pressionada pela ação da Unilever (LON:ULVR) (SA:ULEV34) e com petroleiras devolvendo parte dos ganhos recentes.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,56%, aos 456,53 pontos, apoiado pelo avanço de 0,60%, aos 15.514,54 pontos, do DAX, da bolsa de Frankfurt, além do parisiense CAC 40, que subiu 0,26%, aos 6.481,59 pontos.

O índice alemão teve como principal destaque a ação da Delivery Hero (DE:DHER), empresa baseada em Berlim que presta serviços de entrega de comida. Segundo a Dow Jones Newswires, a alta de 5,61% da companhia reflete a aprovação provisória de reguladores da Coreia do Sul para a criação de uma joint venture entre a Delivery Hero e a Woowa, empresa sul-coreana do mesmo ramo.

Destoando das demais praças europeias, Londres fechou em território negativo hoje, após sessão volátil e marcada pelo recuo acentuado da Unilever (-5,87%), após a empresa ter informado queda de 3,53% no lucro do primeiro semestre de 2021, em relação ao mesmo período do ano passado. A bolsa londrina também registrou baixas em ações de petroleiras, após consecutivas altas no setor. A BP (LON:BP) (SA:B1PP34) recuou 1,88% e a Royal Dutch Shell (LON:RDSa) (SA:RDSA34) contraiu 1,67%, contribuindo para a queda de 0,43%, aos 6.968,30 pontos, do índice FTSE 100.

No foco de investidores europeus, o BCE anunciou nesta quinta que manterá seus instrumentos de política monetária no mesmo patamar, incluindo juros e o volume do seu programa de relaxamento quantitativo, como era esperado. A decisão deu suporte às bolsas, que também observaram a entidade alterar o seu "forward guidance" para refletir a nova meta de inflação anual a 2%.

De acordo com a Capital Economics, a postura do BCE após a revisão do "forward guidance" tornou-se "indiscutivelmente mais 'dovish'", e sinaliza que a entidade será mais tolerante com longos períodos de juro baixo. A visão da consultoria britânica, porém, não é única, já que ING e TD Securities avaliam que a mudança não provoca grandes alterações no posicionamento da autoridade monetária europeia.

Em coletiva de imprensa que seguiu a reunião do conselho do BCE, a presidente da entidade, Christine Lagarde, disse que os dirigentes não discutiram neste encontro a possível redução das compras de ativos, algo que seria prematuro, segundo ela. Lagarde ainda estimou que a inflação deve seguir abaixo da meta do BCE no médio prazo e que a variante delta do coronavírus pode atrasar a recuperação na zona do euro.

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O recrudescimento da pandemia de covid-19 na região é o que motivou a queda do índice de confiança do consumidor europeu, de -3,3 em junho para -4,4 em julho, segundo avalia o ING, em relatório enviado a clientes. O banco holandês diz que a disseminação da cepa delta tem feito com que governos "mudem um pouco o curso da reabertura, com alguns atrasos nas medidas de flexibilização e novas restrições também anunciadas".

Entre outros índices de referências das bolsas europeias, o FTSE MIB, de Milão, avançou 0,53%, aos 24.805,21 pontos, o madrilenho IBEX 35 fechou em alta de 0,64%, aos 8.621,80 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, encerrou com ganhos de 0,57%, aos 5.015,30 pontos. (Com informações de Dow Jones Newswires).

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