Bolsas da Europa oscilam perto da estabilidade; tombo do Credit pesa em ações
Estadão Conteúdo
Publicado 20.03.2023 04:58
Atualizado 20.03.2023 08:10
Bolsas da Europa oscilam perto da estabilidade; tombo do Credit pesa em ações
As bolsas europeias passaram a oscilar perto da estabilidade na manhã desta segunda-feira, depois de abrirem os negócios com perdas significativas, enquanto investidores seguem digerindo a aquisição do problemático Credit Suisse (SIX:CSGN) pelo UBS.
No domingo, o UBS anunciou a compra do Credit Suisse pelo equivalente a US$ 3,25 bilhões, numa transação intermediada por reguladores na Suíça. O resgate emergencial veio após o Credit se tornar alvo de mais uma onda de desconfiança, agravando a turbulência nos mercados globais, que já vinham pressionados pela quebra de dois bancos regionais nos EUA, o Silicon Valley Bank (SVB) e o Signature Bank.
Por volta das 7h20 (de Brasília), em Zurique, a ação do Credit sofria um tombo de 60,6% e a do UBS caía 5,4%. No mesmo horário, o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,16%, a 437,00 pontos, mas o subíndice de bancos tinha queda de 1,8%.
Entre outros gigantes bancários, o papel do Deutsche Bank recuava 3% em Frankfurt, o do Santander (BVMF:SANB11) perdia 2% em Madri, o do HSBC caía 2,5% em Londres e o do BNP Paribas (EPA:BNPP) cedia 3,8% em Paris.
Nesta semana, investidores aguardam decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), na quarta-feira, 22, e do Banco da Inglaterra (BoE), na quinta, 23. A dúvida é se o Fed e o BoE poderão ser mais moderados no aperto monetário, diante dos transtornos no setor bancário.
Apesar da turbulência recente, o Banco Central Europeu (BCE) cumpriu, na quinta-feira, 16, a promessa de elevar seus juros em mais 50 pontos-base, como havia sinalizado no começo de fevereiro, com o argumento de que não irá recuar no compromisso de combater a inflação.
Mais cedo, dados da Alemanha mostraram que a inflação ao produtor (PPI) na maior economia da Europa desacelerou pelo quinto mês consecutivo em fevereiro. Já na zona do euro, o déficit da balança comercial encolheu em janeiro, a 11,3 bilhões de euros.
Às 7h34 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,05%, enquanto a de Paris subia 0,20% e a de Frankfurt avançava 0,21%. Já a de Milão tinha leve alta de 0,08%, a de Madri se mantinha estável e a de Lisboa recuava 0,11%.
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Escrito por: Estadão Conteúdo
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