Bolsas de NY têm pior pregão desde maio com temor de contágio com Evergrande

Estadão Conteúdo

Publicado 20.09.2021 14:45

Atualizado 20.09.2021 18:11

Bolsas de NY têm pior pregão desde maio com temor de contágio com Evergrande

As bolsas de Nova York fecharam em forte queda nesta segunda-feira, 20, no pior desempenho diário desde meados de maio, apesar de uma redução das perdas nos minutos finais de negociação. O primeiro pregão da semana foi marcado pela aversão a risco no exterior, potencializada pelo temor de que os problemas de liquidez da Evergrande (OTC:EGRNY), gigante do ramo imobiliário na China, contagiem os mercados financeiros de forma generalizada. Os operadores também adotaram uma postura cautelosa antes da decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que será divulgada nesta quarta-feira, 22.

Com a migração de investidores das ações para ativos mais seguros como os Treasuries, o índice acionário Dow Jones caiu 1,78%, a 33.970,47 pontos, o S&P 500 recuou 1,70%, a 4.357,73 pontos, e o Nasdaq cedeu 2,19%, a 14.713,90 pontos. No pior momento da sessão, os índices chegaram a registrar baixas superiores a 3%.

"A crise da Evergrande e os temores de um aperto no crédito foram suficientes para pesar no sentimento", diz o analista Edward Moya, da Oanda. Logo cedo, a Reuters noticiou que um dos principais credores da incorporada imobiliária chinesa fez provisões para o calote de uma parte dos empréstimos que concedeu à empresa.

A incerteza sobre como a crise da Evergrande impactará a economia da China, que já mostra sinais de desaceleração, gerou perdas na Bolsa de Hong Kong, nos mercados europeus e, depois, nas bolsas nova-iorquinas. "Os mercados dos EUA abriram em forte baixa em resposta à negatividade que varreu a sessão da Ásia e da Europa", afirma o analista-chefe de mercados da CMC, Michael Hewson.

No S&P 500, as maiores perdas foram nos subíndices dos setores de energia (-3,04%), consumo discricionário (-2,37%) e financeiro (-2,22%). Pressionadas pela queda no preço do petróleo, as ações da petroleira americana Chevron (NYSE:CVX) (SA:CHVX34) registraram baixa de 2,05%. Os papéis das montadoras Ford (NYSE:F) (SA:FDMO34) e General Motors (NYSE:GM) (SA:GMCO34) recuaram 5,39% e 3,82%, respectivamente. Dentre os bancos, Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34) caiu 3,47% e Citi (NYSE:C) (SA:CTGP34) cedeu 3,80%.

Nos setores de tecnologia e serviços de comunicação, as ações da Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) caíram 2,14%, as da Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), 3,86%, e as da Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34), 3,08%. O papel do Twitter (NYSE:TWTR) (SA:TWTR34), por sua vez, cedeu 2,43%, após a empresa informar que vai pegar US$ 809,5 milhões para encerrar uma ação coletiva em que é acusada de enganar investidores sobre o crescimento de sua base de usuários e o engajamento em sua plataforma.

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Em relatório enviado a clientes hoje, a Capital Economics observa que as repercussões do "caso Evergrande" para o resto do mundo estão crescendo, com o "sell off" nos mercados globais, mas avalia que o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) pode intervir, se necessário, para evitar um contágio financeiro significativo.

Questionada sobre como os EUA veem a crise da empresa chinesa, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse em coletiva de imprensa que a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, sempre monitora os mercados globais.

Em Washington, as atenções também estão voltadas para o limite da dívida federal do governo. Líderes do Partido Democrata no Congresso divulgaram hoje uma carta em que pressionam os republicanos a apoiar a suspensão do teto da dívida.

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