Bolsas dos EUA caem, esperanças de estímulo persistem; Dow Jones -0,24%

Investing.com – As bolsas norte-americanas apontaram abertura em baixa moderada nesta quarta-feira, mas o sentimento permaneceu levemente apoiado uma vez que os investidores continuaram esperando que novas medidas por parte do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE) impulsionem o crescimento.

Antes da abertura, os futuros do Dow Jones Industrial Average apontaram queda de 0,24%, os do S&P 500 sinalizaram declínio de 0,28%, ao passo que os do Nasdaq 100 indicaram perda de 0,11%.

Na terça-feira, um funcionário do Fed manteve vivas as esperanças de intervenção do banco central dizendo que o Fed deve lançar um programa agressivo de compra de títulos para ajudar a economia até o desemprego começa a cair.

Enquanto isso, os mercados estavam observando o BCE em meio a expectativas de que o banco adotará em breve medidas para ajudar a baixar os custos do endividamento da Espanha e Itália após o presidente do banco, Mario Draghi, ter indicado, na semana passada, que o BCE pode reiniciar seu programa de compra de títulos.

O BCE também informou que qualquer ação estava condicionada às dificuldades vividas pelos governos da zona do euro com relação aos mercados de títulos, à ativação dos fundos de resgate do bloco com o objetivo de comprar títulos públicos e à aceitação de condições e supervisão rigorosas.

Entre as notícias relacionadas a ganhos, a Chiquita Brands International, distribuidora de frutas e verduras, deve apresentar movimentação depois de dizer que sua receita trimestral superou as previsões, uma vez que o preço de venda da banana caiu e que os custos de abastecimento subiram, fazendo suas ações alavancarem 14,58% nas negociações pós-fechamento.

A empresa também disse que planeja cortar despesas.

Enquanto isso, a empresa de laticínios Dean Foods viu suas ações dispararem 26,81% nas últimas negociações, depois de divulgar lucro trimestral mais forte do que o esperado no crescimento e controle de custos.

As empresas farmacêuticas também estavam propensas a ficar em foco, uma vez que a Vivus, cujo medicamento Qsymia recentemente se tornou a segunda pílula contra obesidade a obter a aprovação dos EUA em mais de uma década, informou um prejuízo maior que o esperado no segundo trimestre, já que gastou muito mais do que podia com a comercialização do produto recém-aprovado.

As ações da empresa caíram 1,86% nas negociações pós-fechamento.

As ações da Warner Chilcott, empresa especializada em saúde feminina e dermatologia, caíram 5,74% após a companhia ter informado que cessou os esforços empregados na busca por um comprador para a empresa.

Esperava-se que a Warner Chilcott renovasse um programa de recompra de ações no valor de US$ 250 milhões.

No setor de entretenimento, a Walt Disney deve apresentar movimentação durante a sessão de hoje, depois de anunciar que seu lucro líquido cresceu 24% no terceiro trimestre, impulsionado pelo filme “Os Vingadores”, embora a receita tenha ficado aquém das estimativas dos analistas. As ações da Walt Disney recuaram 0,82% nas últimas negociações.

Outras ações em foco incluíram as da Liberty Media, Macy’s, Ralph Lauren e Computer Sciences, já que todas devem divulgar seus lucros no final do dia.

Do outro lado do Atlântico, as bolsas europeias caíram. O índice EURO STOXX 50 caiu 0,50%, o CAC 40 da França recuou 0,45%, o DAX da Alemanha diminuiu 0,42%, ao passo que o FTSE 100 da Grã-Bretanha perdeu 0,46%.

Durante o pregão asiático, o índice Hang Seng de Hong Kong recuou 0,04%, ao passo que o índice Nikkei 225 do Japão subiu 0,88%.

No final do dia, os EUA devem divulgar dados preliminares sobre a produtividade do setor não agrícola, seguidos por um relatório do governo sobre os estoques de petróleo bruto.