Bolsas europeias caem com temores espanhóis; DAX -0,13%

Investing.com – As bolsas europeias caíram nesta segunda-feira, uma vez que ressurgiram as preocupações com os problemas financeiros da Espanha, embora o sentimento do mercado tenha permanecido apoiado após o Federal Reserve (Fed) ter anunciado na semana passada uma nova rodada de flexibilização quantitativa.

Durante as negociações europeias da manhã, o EURO STOXX 50 caiu 0,35%, o CAC 40 da França recuou 0,35%, ao passo que o DAX 30 da Alemanha retraiu 0,13%.

A confiança dos investidores enfraqueceu após Ewald Nowotny, decisor político do Banco Central Europeu (BCE), ter lembrado à Espanha que o país precisa fazer a solicitação do pacote de resgate para se qualificar ao programa de compra de títulos do banco.

A Reuters relatou anteriormente que primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, está procurando postergar qualquer pedido de ajuda, preferindo uma estratégia alternativa, se possível, e que o governo apresentará um pacote de reforma econômica no final de setembro.

Mas o sentimento do mercado permaneceu apoiado após o Fed ter anunciado, na semana passada, que comprará mensalmente US$ 40 bilhões em títulos lastreados em hipotecas e que continuará fazendo isso até que o mercado de trabalho melhore.

O setor financeiro apresentou cenário misto, com as ações dos bancos franceses BNP Paribas e Société Générale avançando 0,65% e 0,44%, ao passo que as dos alemães Deutsche Bank e Commerzbank caíram 0,62% e 0,13%, respectivamente.

Os bancos espanhóis contribuíram para as perdas uma vez que os manifestantes foram às ruas da Espanha no fim de semana para protestar contra os cortes de gastos públicos. O Banco Santander viu suas ações caírem 1,75% e o BBVA viu as suas recuarem 1,65% nas primeiras negociações europeias.

Em outros lugares, as ações ligadas a commodities também apresentaram ampla queda, uma vez que as ações da siderúrgica SSAB despencaram 9,39% após a empresa ter informado que a demanda por produtos de tiras metálicas foi muito mais fraca do que o esperado no terceiro trimestre, e após ter alertado que a queda dos preços do minério de ferro afetará negativamente os lucros do primeiro trimestre do ano que vem.

A ThyssenKrupp, maior siderúrgica da Alemanha, também viu suas ações caírem 2,56%, uma vez que a UBS AG rebaixou a classificação das ações de “venda” para “neutro”, ao passo que a francesa ArceorMittal viu suas ações despencarem 2,76%.Em Londres, o FTSE 100 de commodities pesadas caiu 0,11%, afetado pelas fortes perdas nas ações do setor de mineração.

As gigantes da mineração Rio Tinto e BHP Billiton viram suas ações caírem 1,19% e 0,84%, respectivamente, ao passo que as ações da fabricante de aço Evraz recuaram 2,14%.

As produtoras de cobre Xstrata e Kazakhmys também ficaram no lado negativo, com suas ações recuando 0,05% e 0,75%, ao passo que as ações da Anglo American caíram 1,08%.

Em outros lugares, os banco britânicos apresentaram cenário misto, com as ações do HSBC Holdings caindo 0,18% e as do Royal Bank of Scotland recuando 0,15%, ao passo que as ações do Barclays caíram 0,03% e as Lloyds Banking avançaram 0,90%.

Enquanto isso, as ações da Vodafone, operadota de telefonia móvel, caíram 0,91% após o CEO, Andy Halford, ter dito em uma entrevista a empresa poderá tomar medidas para cobrir riscos legais referentes a uma conta de imposto de US$ 2,2 bilhões na Índia.

Nos EUA, os mercados acionários apontaram abertura em baixa. Os futuros do Dow Jones Industrial Average apontaram queda de 0,21%, os do S&P 500 sinalizaram declínio de 0,23%, ao passo que os do Nasdaq 100 indicaram perda de 0,23%.

No final do dia, a zona do euro deve produzir dados oficiais sobre as transações correntes, ao passo que os EUA devem publicar um índice da atividade manufatureira na região de Nova York.

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