Bolsas europeias sobem, mas incerteza espanhola pesa; DAX +0,25%

Investing.com – As bolsas europeias apresentaram leve alta nesta terça-feira, mas o sentimento do mercado permaneceu vulnerável porque pesaram as preocupações com os resultados do resgate financeiro da Espanha e com as eleições na Grécia.

Durante as negociações europeias da manhã, o índice EURO STOXX 50 subiu 0,15%, o CAC 40 da França avançou 0,16%, ao passo que o DAX 30 da Alemanha cresceu 0,25%.

Os investidores estavam cautelosos porque a quantidade exata que a Espanha deve receber para recapitalizar seus bancos só será decidida no fim deste mês, após os resultados das auditorias bancárias independentes serem publicados. Além disso, permanecem dúvidas sobre a origem dos fundos e se os pagamentos do resgate vão agregar aos custos do endividamento já elevado do país.

Também pesou a incerteza quanto ao resultado de uma eleição geral grega em 17 de junho, o que pode determinar se o país permanecerá ou não na zona do euro.

Os partidos que apoiam e se opõem ao resgate internacional da Grécia, e as duras medidas de austeridade que acompanham esse resgate, permaneceram empatados nas últimas pesquisas de boca de urna.

As ações do setor financeiro apresentaram ampla queda, lideradas pelo Intesa Sanpaolo da Itália, que viu suas ações caírem 1,26%. As ações do banco holandês ING Group caíram 0,82%, ao passo que as dos alemães Deutsche Bank e Commerzbank recuaram 0,77% e 1,46%, respectivamente.

As ações dos bancos espanhóis BBVA e Banco Santander caíram 0,62% e 0,72% após a agência de classificação Fitch ter rebaixado a classificação dos bancos em dois pontos, na segunda-feira.

Os dois maiores bancos franceses, BNP Paribas e Société Générale, ficaram no lado positivo, com suas ações subindo 0,11% e 0,29% respectivamente.

Enquanto isso, as ações da Remy Cointreau subiram 0,81%, uma vez que segunda maior deslitadora francesa divulgou que seu lucro operacional do ano inteiro, exceto os itens não recorrentes, cresceu 24%, para € 208 milhões.

Em Londres, o índice FTSE 100 recuou 0,03%, depois que dados mostraram que o índice dos preços de habitação no Reino Unido caiu menos que o esperado em maio.

As instituições financeiras do Reino Unido seguiram os passos da queda de suas homólogas europeias, com as ações do Barclays despencando 2,23%, as do Royal Bank of Scotland (RBS) caindo 1,81%, ao passo que as do Lloyds Banking recuaram 1,04%. O HSBC Holding, por outro lado, viu suas ações subirem 0,33%.

As ações das gigantes da mineração Rio Tinto e BHP Billiton também apresentaram queda, recuando 0,04% e 0,16%, ao passo que as ações das produtoras de cobre Xstrata e Kazakhmys contraíram 0,50% e 1,30 %, respectivamente.

No lado positivo, as ações da empresa de telecomunicações Vodafone avançaram 0,65%, depois que o Departamento de Assuntos Econômicos do Reino Unido disse que havia decidido não examinar uma eventual violação de 74% do investimento estrangeiro direto pela Vodafone e disse ao escritório do primeiro-ministro que não há nenhuma necessidade de revisar a aprovação do FIPB concedida ao acordo Hutch-Vodafone em 2007.

As ações da British American Tobacco subiram 1,54% após a empresa ter dito, na segunda-feira, que comprou 250.000 de suas ações ordinárias de 25 pence cada, acrescentando que pretende manter essas ações no Tesouro.

Nos EUA, os mercados de ações apontaram para uma abertura em alta. Os futuros do Dow Jones Industrial Average apontaram alta de 0,39%, os do S&P 500 sinalizaram aumento de 0,28%, ao passo que os do Nasdaq 100 indicaram ganho de 0,35%.

No fim do dia, os EUA devem publicar dados oficiais sobre os preços de importação, bem como um relatório do governo sobre o saldo orçamental federal.

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