BP e Adnoc formarão joint venture de gás no Egito
Reuters
Publicado 14.02.2024 14:45
DUBAI (Reuters) - A gigante global de petróleo BP e a estatal Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc) formarão uma joint venture no Egito que inicialmente se concentrará em gás natural, informaram as empresa nesta quarta-feira.
A BP deterá 51% da joint venture, prevista para ser formada no segundo semestre deste ano, enquanto 49% será de propriedade da Adnoc, disseram as empresas.
A joint venture egípcia BP-Adnoc foi originalmente idealizada para ser a segunda fase da cooperação das duas empresas no Mediterrâneo Oriental após a aquisição planejada de uma fatia de 50% na produtora de gás israelense NewMed.
As negociações sobre o acordo proposto, anunciadas pela primeira vez em março de 2023, parecem ter progredido pouco, especialmente desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em 7 de outubro.
O presidente-executivo da BP, Murray Auchincloss, disse à Reuters na semana passada que as negociações sobre o acordo pela NewMed estavam em andamento.
A Adnoc, gigante do petróleo dos Emirados Árabes Unidos, está buscando expandir seus negócios de gás domesticamente e no exterior e classificou o gás natural como um combustível de transição para fontes de energia renováveis.
A BP tem como objetivo reduzir sua produção de petróleo e gás em 25% até 2030 em relação aos níveis de 2019, mas continua investindo fortemente em combustíveis fósseis.
Para a joint venture, a BP contribuirá com seus interesses em três concessões de desenvolvimento e acordos de exploração no Egito, enquanto a Adnoc fará uma contribuição proporcional em dinheiro que poderá ser usada para futuras oportunidades de crescimento, disseram as empresas.
"Esta parceria progressiva de joint venture aumentará a segurança energética egípcia e o potencial econômico do país árabe mais populoso da região", disse Musabbeh Al Kaabi, diretor executivo da Adnoc para soluções de baixo carbono e crescimento internacional, no comunicado conjunto.
(Reportagem de Yousef Saba em Dubai e Ron Bousso em Londres)
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Escrito por: Reuters
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