Bradesco recua mais de 3% depois de lucro cair, ficar abaixo da previsão no 2T20

Investing.com

Publicado 30.07.2020 10:50

Atualizado 30.07.2020 11:23

Por Gabriel Codas

Investing.com - As ações do Bradesco (SA:BBDC4) está entre as principais perdas do Ibovespa nesta quinta-feira. O banco divulgou hoje, antes da abertura do mercado, uma queda de 40,1% no lucro do segundo trimestre com o aumento de provisões multibilionárias para créditos de liquidação duvidosa.

O segundo maior banco privado do país teve um lucro líquido recorrente, que exclui itens extraordinários, de R$ 3,873 bilhões contra R$ 6,462 bilhões no ano anterior e também 10,3% abaixo da estimativa média de R$ 4,316 bilhões de analistas consultados pela Refinitiv.

Por volta das 11h21, os papéis preferenciais do banco caíam 3,13% a R$ 23,50 e os ordinários recuavam 3,35% a R$ 21,31. O Ibovespa perdia 1,5% a 104.024 pontos.

O banco reservou R$ 3,8 bilhões e R$ 747 milhões em provisões extraordinárias para enfrentar as perdas esperadas com empréstimos e seguros relacionados à pandemia de Covid-19, respectivamente.

No primeiro trimestre, o Bradesco já havia provisionado 2,7 bilhões de reais para possíveis perdas com crédito.

Visão dos analistas

O Morgan Stanley (NYSE:MS), que avalia o banco como “overweight”, avalia que os números ficaram abaixo do esperado devido ao aumento das provisões. Os analistas destacam que aumento da cobertura (provisões em relação ao total do crédito) indica uma deterioração da inadimplência. Assim, eles indicam que não vão ficar surpresos e mais provisões excedentes forem necessárias nos próximos trimestres. O lado positivo ficou para o controle das despesas.

Balanço

A mais recente ação do Bradesco indica que o banco prevê perdas decorrentes da crise de coronavírus maiores do que o inicialmente calculado por seus gestores.

As provisões para perdas com operações de crédito aumentaram 155% em relação ao mesmo período ano anterior, para 8,9 bilhões de reais.

A receita de tarifas também foi pressionada pelas medidas de isolamento social, caindo 7,9% em relação ao mesmo período do ano anterior e do primeiro trimestre, principalmente pela queda nos pagamentos com cartão.

Ainda assim, a demanda de grandes empresas impulsionou um aumento de 0,9% em sua carteira de empréstimos em três meses, apesar da queda no estoque de crédito ao consumidor, aumentando a margem financeira em 15,3%.

O Bradesco mostrou que tem tentado enfrentar a crise através do corte de custos, uma vez que as despesas operacionais caíram 2,5% ante o primeiro trimestre. O banco fechou 233 agencias.

O retorno sobre o patrimônio, um barômetro de lucratividade, caiu 8,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior, para 11,9%, mas ficou praticamente em linha com o primeiro trimestre.

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