BTG cai quase 30% após denúncia de "departamento de corrupção" no banco

Investing.com

Publicado 26.08.2019 15:41

Atualizado 26.08.2019 17:24

BTG cai mais de 16% com possível “Departamento de Operações Estruturadas”

Investing.com - Após perder mais de 15% na última sessão, fechando o dia a R$ 55,69, as units do BTG Pactual (SA:BPAC11) voltam a ter um recuo expressivo nesta segunda-feira (26). Por volta de 15h30, os papéis perdiam 16,28% a R$ 47,71. Às 16h01, os papéis acentuaram a queda após o leilão, com baixa de 28,92% a R$ 40,51, entrando novamente em leilão.

Na semana passada, endereços ligados à instituição e ao fundador André Esteves sofrerem mandados de busca e apreensão em operação da Polícia Federal relacionada a uma nova fase da Lava Jato.

O desempenho das ações já era negativo durante o dia e foi intensificado na parte da tarde após o site O Antagonista publicar que a Polícia Federal anexou aos autos da Operação Pentiti uma denúncia de um informante do banco, que teria prestado depoimentos confidenciais à Polícia Federal. De acordo com texto de procurados publicado com a notícia d'O Antagonista, o BTG (SA:BPAC11) teria uma espécie de “Departamento de Operações Estruturadas” dedicado à lavagem de dinheiro semelhante a que existia na construtora "Odebrecht".

Ainda de acordo com os procuradores, o informante explicou que o objetivo do departamento era criar ferramentas e procedimentos que permitisse que o banco e clientes específicos realizassem a manipulação artificial do resultado financeiro de pessoas jurídicas.

Assim, o informante relatou que os mecanismos eram oferecidos a diversos clientes com o objetivo de sonegar impostos e ocultar recursos financeiros oriundos da lavagem de dinheiro fora do país, com o banco com um percentual do valor movimentado.

A investigação é baseada em depoimentos dados pelo ex-ministro Antonio Palocci no âmbito de sua delação premiada, disse o MPF.

Em nota, o BTG Pactual (SA:BPAC11) negou qualquer ilícito: "Em relação à absurda notícia que faz menção a relatos apócrifos feitos em junho de 2016 sobre operações financeiras, o BTG Pactual nega veementemente qualquer irregularidade. Esclarece ainda que as operações mencionadas são fantasiosas e jamais poderiam ter sido sequer registradas nos sistemas de negociação existentes no Brasil e nunca teriam passado despercebidas pelas diversas auditorias e reguladores a que o BTG Pactual se submete.", informou o banco.

Operação

Na sexta-feira, o BTG Pactual (SA:BPAC11) confirmou que seus escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo foram alvos de operações de busca e apreensão pela Polícia Federal e disse que está colaborando com as investigações para que tudo seja esclarecido o mais rápido possível.

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Também adicionou que "os fatos da referida busca e apreensão foram objeto da investigação independente conduzida por um comitê especial... cuja conclusão indicou não existir indícios para concluir que as alegações de prática de atos ilícitos sejam críveis, fidedignas ou fundamentadas em provas concretas".

A operação ocorreu poucos mais de um mês após Esteves pedir autorização ao Banco Central para retomar uma participação de 61,6%, na G7 Holding, veículo onde estão agrupados os maiores sócios da instituição.

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