Carrefour Brasil é investigado por suposto esquema de corrupção no Atacadão em SP

Reuters

Publicado 28.05.2020 11:41

Por Gabriela Mello

SÃO PAULO (Reuters) - A cidade de São Paulo abriu um processo administrativo contra a unidade de atacarejo do Carrefour (SA:CRFB3) Brasil por um suposto esquema de corrupção, segundo uma publicação no Diário Oficial da cidade desta quinta-feira, em um processo que pode levar a uma multa de até 20% do faturamento bruto do grupo em 2019.

O caso está relacionado a uma denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo, que revelou pagamentos somando cerca de 1,5 milhão de reais a fiscais da prefeitura para operar a sede administrativa do Atacadão e uma loja contígua da bandeira em São Paulo sem alvará de funcionamento.

O Carrefour Brasil não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Em março, promotores do Grupo Especial de Delitos Econômicos (GEDEC) liderados por Roberto Bodini apresentaram uma denúncia de corrupção ativa contra Carlos Augusto Monteiro Barros, Sergio Garcia Martins, Marco Aurelio Natale Da Silva e John Kenedy Oliveira, citados no processo como representantes do Atacadão.

O novo inquérito administrativo aberto pela Controladoria Geral do Município de São Paulo tem prazo inicial de 180 dias, prorrogáveis por igual período.

Se o Atacadão for responsabilizado, a empresa deverá pagar uma multa que pode variar de 0,1% a 20% de sua receita bruta do exercício anterior à instauração do processo.