Casas Bahia (BHIA3): Analistas citam balanço melhor do que temido - é suficiente?

Investing.com  |  Autor Jessica Bahia Melo

Publicado 09.05.2024 16:04

Investing.com – Diante de um cenário difícil para o varejo, com juros, endividamento e inadimplência elevados, analistas não estavam otimistas com o balanço da Casas Bahia (BVMF:BHIA3), mas os temores foram aliviados com dados superiores às projeções, ainda que com prejuízo. A varejista reportou um resultado líquido negativo em R$261 milhões no primeiro trimestre, uma melhora de 12,2% em relação ao apurado em igual intervalo de 2023. Mas isso não parece ter sido o suficiente para movimentar as recomendações para os papéis.

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O resultado foi melhor do que o temido, principalmente nas margens, avaliou o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA). “Embora a linha superior estivesse amplamente alinhada com expectativas pouco exigentes, o Ebitda ajustado surpreendeu positivamente devido à margem bruta melhor do que o esperado, bem como um rígido controle de despesas gerais, de vendas e administrativas”, pontua o BofA. Os analistas disseram ainda que o trimestre contou com impulso de mix de vendas mais favorável, enquanto a dinâmica do capital de giro também foi um destaque positivo. Ainda assim, a recomendação segue de venda, com preço-alvo de R$6,8.

A Genial citou o prejuízo menor, inferior às suas projeções e às de consenso. “Entendemos que, além do impacto positivo que as mudanças estratégicas vêm trazendo para a rentabilidade do grupo, a última linha do resultado da companhia foi “beneficiada” por um menor montante de antecipação de recebíveis nesse trimestre”. A Genial continua com recomendação neutra, com preço-alvo sob revisão.

A XP Investimentos (BVMF:XPBR31) considerou os resultados fracos, mas conforme esperado. Segundo os analistas, a reestruturação segue pressionando o balanço, mas há melhoria nas tendências. Os dados foram prejudicados, ainda que melhores do que estimativas da XP, “com o desempenho de receita líquida e rentabilidade ainda impactados pelo ambiente macro desafiador e ajustes da reestruturação, embora com tendências de melhora de margens”.

O banco Morgan Stanley (NYSE:MS) lembra que a varejista segue com sua agenda de transformação, e menciona que o “reperfilamento da dívida aumenta a flexibilidade financeira no curto prazo, mas impulsiona risco de diluição de capital”. O MS elenca as ações realizadas pela companhia para fortalecer as categorias principais e otimizar as receitas, incluindo fechamento de lojas e centros de distribuição, reduções de despesas e uma migração de categorias 1P não lucrativas para 3P. No entanto, os esforços não foram suficientes, levando ao prejuízo. O banco espera por maiores catalisadores e robustez do plano de transformação, diante da incerteza sore diluição, o que reforça sua classificação underperform, equivalente à venda.

h2 Casas Bahia no InvestingPro/h2
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