Casas Bahia (BHIA3): O que levou as ações ladeira abaixo, segundo analistas

Investing.com  |  Autor Jessica Bahia Melo

Publicado 25.09.2023 14:40

Atualizado 25.09.2023 15:02

Investing.com – As ações do Grupo Casas Bahia (antiga Via)  (BVMF:BHIA3) despencavam nesta segunda-feira, 25, em continuidade a movimento de retração dos papéis da companhia. Analistas consultados pelo Investing.com Brasil demonstram ceticismo sobre uma eventual recuperação e apontam que o cenário macroeconômico, com juros ainda em patamares elevados, pesa sobre o desempenho da varejista.

Às 14h43 (de Brasília), os papéis caíam 10,29%, a R$0,61. Em seis meses, a queda foi de 67,38%. Em um ano, de 81,79% e, em dois anos, de 92,71%.

Bruna Sene, analista da Nova Futura Investimentos, afirma que o ativo vem sendo afetado por fatores conjunturais, setoriais e pela desconfiança do mercado a respeito do processo de reestruturação da companhia. Os investidores seguem preocupados sobre o ritmo de aperto monetário nos Estados Unidos, levando à maior cautela. Ainda, mesmo com a Selic em queda, os juros locais permanecem em patamar elevado. “Também temos um endividamento alto das famílias brasileiras. Portanto, esse processo de melhoria, com estímulo no consumo, que pode resultar em maiores receitas para a companhia, ainda pode ser lento”.

O movimento de adaptação do setor varejista no pós-pandemia, com mudanças no perfil dos consumidores e aumento da concorrência, também são levados em conta, assim como a reestruturação da empresa, com a tentativa de reduzir alavancagem. “Porém, vejo que a empresa ainda precisa entregar resultados mais concretos, inclusive com essa reestruturação, para que o mercado volte a apostar na companhia e até mesmo no setor”, completa Sene.

O varejo está sendo prejudicado pelo macro, com juros elevados, concorda Gabriel Mota, da Manchester Investimentos. “São empresas que precisam muito de caixa para continuar crescendo, fomentando o volume de vendas. Vemos isso como um bloco e Casas Bahia ainda um pouco mais”.

Mota lembra discussões sobre um possível turnoround da companhia, mas pondera que os resultados foram de piora nas margens nos últimos balanços.  “E a empresa chegou nessa situação totalmente difícil agora para o ativo, tanto que lançou oferta pública para captar mais recursos no mercado e não teve tanto sucesso assim. Os investidores não estão com apetite para alocação e demonstram ceticismo em cima do que vai acontecer com todo o setor, mais especificamente com ela e Magalu”, destaca, ao avaliar Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) como uma empresa mais sólida. O cenário deve continuar difícil e a diminuição nos juros deve demorar a fazer efeito, o que deve ser refletido nos próximos números, conclui.

Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama, também diz que os fatores macroeconômicos pesam, incluindo os juros altos. “Reduz volumes, aumenta custo de endividamento e de financiamento do cliente. A Via estava capitalizada e foi colocando mais recursos em capital de giro. Possui uma dívida que não é muito alta, mas é relevante. Por isso, o investidor puniu o papel”. Uma racionalização de mercado deve ser um dos impactos da reestruturação que considera necessária, em sua visão.

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