Cielo desiste de ação sobre Cofins, pode começar a usar crédito fiscal com provisão

Reuters

Publicado 20.06.2023 15:58

Por Paula Laier

(Reuters) - A Cielo (BVMF:CIEL3) comunicou a homologação da desistência pela companhia do processo em que questionava a majoração da alíquota Cofins entre os exercícios de 2004 e 2017, destacando que tal decisão não terá impacto no resultado da empresa, uma vez que os valores da ação estavam provisionados.

"A decisão da companhia foi aprovada pelo seu conselho de administração após avaliações internas e consultas a assessores jurídicos especializados, tendo em vista a existência de decisão do Supremo Tribunal Federal desfavorável à tese defendida pela companhia no processo em questão", afirmou.

Em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite da véspera, a Cielo disse que a desistência da ação não gerará impacto no resultado ou nas suas disponibilidades de caixa, uma vez que os valores referentes a tal ação estão integralmente provisionados e depositados em juízo.

No balanço referente ao primeiro trimestre de 2023, a companhia possuía 1,517 bilhão de reais em provisões, e igual montante em depósitos judiciais relacionados a esse tema.

A companhia impetrou mandado de segurança em fevereiro de 2004, visando afastar a exigibilidade da Cofins nos moldes da Lei à alíquota de 7,6%, efetuando o depósito judicial dos valores apurados mensalmente e registrando a diferença entre os regimes cumulativo e não cumulativo como provisão para riscos.