Citi prevê crescer receitas com Brasil em 50% até 2024

Reuters

Publicado 29.03.2022 13:17

Atualizado 29.03.2022 15:05

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) -O Citi prevê ampliar suas receitas totais ligadas a negócios com o Brasil em 50% até 2024, à medida que busca capitalizar a forte atividade ligada a mercado de capitais e crédito para grandes empresas, disse o presidente do grupo no país, Marcelo Marangon.

"Vemos um 'pipeline' forte em todas as nossas linhas de negócios", disse Marangon a jornalistas na sede do banco no país nesta terça-feira.

Segundo o executivo, muitas discussões sobre negócios, incluindo fusões e ofertas de ações, que tinham sido engavetadas durante os últimos dois anos de pandemia, estão voltando.

Além disso, afirmou, há mais oportunidades em outras linhas de negócios do banco, como as ligadas a exportações e financiamento a empresas, no Brasil e no exterior.

Com os desdobramentos da guerra na Ucrânia, o Brasil ganhou até mais atratividade internacional devido ao aumento dos preços de commodities metálicas e agrícolas, das quais o país é um grande produtor, o que explica em parte o grande fluxo de recursos internacionais para o país neste começo de 2022.

Para dar suporte à evolução do banco no país, o Citi planeja ampliar seu quadro de funcionários, de 1.900 para cerca de 2.200 até o fim de 2024, disse o executivo.

Desde que vendeu a operação de varejo no Brasil para o Itaú Unibanco (SA:ITUB4), em 2017, o Citi praticamente triplicou seu volume e ativos no Brasil, para cerca de 134 bilhões de reais.

Marangon disse que o Citi não planeja no curto prazo voltar a ter uma operação de banco de varejo no Brasil.

POLÍTICA E PETROBRAS

Para Marangon, o impacto relativamente moderado da troca no comando da Petrobras (SA:PETR4) sobre as ações da companhia reflete em parte a percepção do mercado de que a política de reajuste de preços dos combustíveis será mantida.

Na segunda-feira, o governo federal indicou Adriano Pires para a presidência-executiva da estatal, no lugar de Joaquim Silva e Luna, após críticas do presidente Jair Bolsonaro sobre alta nos preços de combustíveis.