Com corte de US$10 bi na Petrobras, Brasil despenca entre pagadores de dividendos

Investing.com  |  Autor Jessica Bahia Melo

Publicado 13.03.2024 14:54

Investing.com – Enquanto a Petrobras (BVMF:PETR4) foi a segunda maior pagadora de dividendos do mundo em 2022, não esteve nem entre as top 20 de 2023, diante do corte de US$10 bilhões na distribuição de proventos no período. De acordo com o Índice Internacional de Dividendos da gestora Janus Henderson, divulgado nesta quarta-feira, 13, a petroleira também motivou que o Brasil despencasse na lista, com a maior diminuição em todos os principais mercados.

Além da Petrobras, a mineradora Vale (BVMF:VALE3) cortou sua distribuição em US$ 1,2 bilhão e houve ainda um pequeno corte da Ambev (BVMF:ABEV3). “Essas reduções mascararam o forte crescimento dos bancos brasileiros. O impacto dos cortes das grandes empresas garantiu que o Brasil fosse o país mais fraco no nosso índice global em 2023, com resultados reduzidos em dois quintos numa base nominal e subjacente”.

h2 Mercado global/h2

Os dividendos globais aumentaram 5,0% em 2023 em base subjacente, ou 5,6% de alta nominal, alcançando patamar recorde de US$ 1,66 trilhão no ano passado. O estudo aponta ainda que 86% das companhias em todo o mundo ou elevaram os pagamentos ou demonstraram estabilidade. De acordo com o estudo, a tendência para este ano é de outro novo recorde no pagamento de dividendos a nível internacional.

“O Brasil impediu um desempenho ainda mais forte e registrou a maior queda nos dividendos de todos os principais mercados. O México teve um recorde de pagamentos e a Colômbia registrou um forte crescimento”, compara o levantamento.

No ranking mundial, quem liderou os pagamentos de dividendos no ano passado foi a Microsoft (NASDAQ:MSFT), seguida da Apple (NASDAQ:AAPL).