Com Haddad, Ibovespa inicia semana em baixa de 0,68%, no menor nível desde 1º de junho

Estadão Conteúdo

Publicado 30.10.2023 14:49

Atualizado 31.10.2023 05:00

Com Haddad, Ibovespa inicia semana em baixa de 0,68%, no menor nível desde 1º de junho

São Paulo, 30 - O Ibovespa iniciou a semana ainda em sinal negativo, descolado de Nova York, onde os ganhos no fechamento desta segunda-feira ficaram entre 1,16% (Nasdaq) e 1,58% (Dow Jones). Aqui, o índice da B3 (BVMF:B3SA3) se firmou em baixa na virada da manhã para a tarde, com as palavras do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, contribuindo para estender o mal-estar da última sexta, quando os comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a meta de déficit zero para o resultado primário em 2024 acenderam luz amarela para os investidores.

Nesta segunda-feira, as palavras de Haddad vieram em linha com a fala do presidente, ao mencionar, entre outros fatores, as dificuldades relacionadas ao ritmo da arrecadação federal, o que pode afetar o cumprimento da meta prevista no arcabouço fiscal. Dessa forma, o dólar e os DIs futuros avançaram na sessão, puxando para baixo o Ibovespa nesta segunda-feira, mesmo com humor mais favorável no exterior. No fechamento, o dólar à vista mostrava alta de 0,67%, a R$ 5,0469.

Por sua vez, o Ibovespa caiu 0,68%, a 112.531,52 pontos, bem mais próximo à mínima (112.308,50), do fim da tarde, do que à máxima (114.204,07) da sessão, em que saiu de abertura aos 113.303,16 pontos. Assim, mostrou nesta segunda-feira o menor nível de encerramento desde 1º de junho, então aos 110.564,66 pontos. No mês, que termina na terça-feira, o Ibovespa recua 3,46%, limitando a alta do ano a 2,55%. O giro financeiro desta segunda-feira foi de R$ 18,6 bilhões.

O comportamento do dólar e do Ibovespa inverteu-se em relação ao que se via mais cedo, de manhã, com ambos reagindo favoravelmente à leitura do IGP-M, abaixo do esperado para outubro. Depois, com Haddad, o fluxo se alterou, passando a ser comprador no dólar e vendedor no índice de ações, observa uma fonte de mercado, ante a "falta de ênfase" do ministro com relação às palavras ditas anteriormente pelo presidente Lula sobre a zeragem, ou não, do déficit no próximo ano.

Na B3, entre as ações de maior peso no índice de referência, destaque para a alta de 0,90% em Vale ON (BVMF:VALE3), embora um pouco enfraquecida no fechamento, o que ainda assim contribuiu para segurar a correção do Ibovespa na sessão, negativa para os grandes bancos, com Santander (BVMF:SANB11) à frente (Unit -1,29%, na mínima do dia no encerramento). A segunda-feira também foi ruim para as ações da Petrobras (BVMF:PETR4) (ON -0,81%, PN -1,02%), com o petróleo ainda corrigindo os excessos relacionados ao efeito do conflito em andamento no Oriente Médio sobre os preços da commodity.

Nesta segunda, a queda no WTI e no Brent ficou na casa de 3% no fechamento do dia em Nova York (Nymex) e Londres (ICE), com a referência americana, o WTI, voltando a ser negociada em nível de preço inferior ao do início do conflito.

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Na ponta perdedora do Ibovespa na sessão, Grupo Casas Bahia (-6,25%), Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) (-6,16%) e Braskem (BVMF:BRKM5) (-5,47%), com Usiminas (BVMF:USIM5) (+4,49%), CCR (BVMF:CCRO3) (+2,54%) e CSN Mineração (BVMF:CMIN3) (+2,42%) no canto oposto.

"Diferentemente das últimas semanas, a Bolsa caiu hoje por questões internas. A coletiva do Haddad, no fim da manhã, deixou reticente o mercado, que na sexta-feira já havia estressado com a fala do Lula sobre o cumprimento da meta fiscal. Embora não tenha caído tanto hoje, a entrevista do Haddad foi mal digerida", diz Felipe Moura, sócio e analista da Finacap Investimentos, destacando a diminuição da volatilidade no exterior nesta segunda-feira, inclusive no petróleo.

"De qualquer forma, a semana tende a ser mais defensiva até a 'super-quarta' com as decisões sobre as taxas de juros nos Estados Unidos e no Brasil, embora já esteja amplamente precificado que o Federal Reserve deve manter os juros de referência por lá, e o Copom reduzir em meio ponto porcentual a Selic", acrescenta o analista.

No exterior, dados sobre o PIB alemão, divulgados pela manhã, trouxeram queda menor do que se projetava para o terceiro trimestre, o que foi bem recebido nos mercados europeus, observa Helder Wakabayashi, analista da Toro Investimentos, destacando também o avanço de 2,5% no preço do minério de ferro em Dalian, na China. "No petróleo, houve desmonte de posições que haviam sido colocadas para a eventualidade de uma escalada, no fim de semana, do conflito entre Israel e Hamas - que segue em andamento, mas até agora não envolveu terceiras partes", acrescenta.

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