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Publicado 29.07.2020 10:46
Atualizado 29.07.2020 11:37
Por Gabriel Codas
Investing.com - Após abrir em alta, as ações da Telefônica Brasil operavam em baixa, indo na contramão da alta do Ibovespa hoje. A companhia reportou hoje, antes da abertura de mercado, que seu lucro líquido caiu 21,6% no segundo trimestre sobre igual período de 2019, mas ainda superou expectativas conforme a melhora do resultado financeiro parcialmente compensou receitas menores em meio à pandemia do novo coronavírus, além de mais gastos com depreciação e impostos.
A subsidiária do grupo espanhol Telefónica, que no Brasil opera sob a marca Vivo, lucrou R$ 1,113 bilhão entre abril e junho, acima do consenso de estimativas compiladas pela Refinitiv de R$ 1,008 bilhão.
Por volta das 10h50, os ativos caíam 1,31% a R$ 50,30, com pico em R$ 52,55. O Ibovespa avançava 0,99% a 105.137 pontos.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente somou 4,103 bilhões de reais, 3,8% inferior ano a ano, mas superior à projeção média de 4,2 bilhões de reais apurada pela Refinitiv.
A margem Ebitda subiu 0,5 ponto percentual no período, a 39,8%.
A maior operadora de telefonia móvel do Brasil teve queda de 5,1% na receita líquida trimestral, para 10,3 bilhões de reais, com o negócio fixo afetado pela redução em serviços de voz e TV por assinatura, enquanto o móvel sentiu o impacto da pandemia de Covid-19. As vendas de smartphones despencaram quase 41% com o fechamento das lojas por medidas de isolamento social, segundo o balanço.
Visão dos analistas
O BTG Pactual (SA:BPAC11) avalia que a Vivo é a vencedora do setor no longo prazo, com todos os olhos na consolidação do mercado. Os analistas avaliam que o ativo é especialmente interessante para possuir em tempos incertos. Ele gera um fluxo de caixa bom e consistente e tem um longo histórico de pagamento de dividendos consideráveis. Os próximos desenvolvimentos das fusões e aquisições envolvendo os ativos móveis da Oi (SA:OIBR3) serão cruciais para as ações da companhia. A consolidação do mercado é importante para ajudar a melhorar os retornos do setor.
Balanço
Já os custos operacionais diminuíram 5,9%, para 6,2 bilhões de reais, principalmente em razão dos menores gastos com as vendas de aparelho, e as despesas financeiras caíam 68,9% com a redução do endividamento em cenário de juros historicamente baixos.
Gastos com depreciação e amortização, contudo, aumentaram 5,3% no período devido ao crescimento da base de ativos com a expansão da rede de fibra.
A base total de clientes da Vivo encolheu 2,5% no segundo trimestre, para cerca de 92 milhões de usuários, com recuo de 14,6% na divisão fixa mais que ofuscando o tímido avanço de 0,9% no segmento móvel, onde a operadora atingiu participação de mercado de 33% em maio, maior nível em 14 anos.
A Telefônica Brasil investiu 1,909 bilhão de reais entre abril e junho, 19,1% menos na comparação anual, com a maior parte dos recursos direcionada à ampliação da rede de fibra e da capacidade das redes 4G e 4.5G.
Escrito por: Investing.com
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