Conteúdo gerado por inteligência artificial deve ser rotulado, diz vice-presidente da Comissão Europeia

Reuters

Publicado 05.06.2023 12:34

Por Foo Yun Chee

BRUXELAS (Reuters) - As empresas que implementam ferramentas de inteligência artificial generativas, como ChatGPT e Bard, com potencial para gerar desinformação, devem rotular esse conteúdo como parte de seus esforços para combater notícias falsas, disse a vice-presidente da Comissão Europeia, Vera Jourova, nesta segunda-feira.

Lançado no final do ano passado e apoiado pela Microsoft (NASDAQ:MSFT), o ChatGPT, da OpenAI, tornou-se o aplicativo de consumidor que mais cresce na história e iniciou uma corrida entre as empresas de tecnologia para trazer produtos de inteligência artificial generativos para o mercado.

No entanto, as preocupações estão aumentando sobre o potencial abuso da tecnologia e a possibilidade de que atores mal-intencionados e até mesmo governos possam usá-la para produzir muito mais desinformação do que antes.

"Signatários que integram inteligência artificial generativa em seus serviços como o Bingchat, da Microsoft, e o Bard, do Google (NASDAQ:GOOGL), devem criar as salvaguardas necessárias para que esses serviços não possam ser usados ​​por agentes mal-intencionados para gerar desinformação", disse Jourova em coletiva de imprensa.

"Os signatários que têm serviços com potencial para disseminar desinformação gerada por inteligência artificial devem, por sua vez, implementar tecnologia para reconhecer esse conteúdo e rotulá-lo claramente para os usuários", disse ela.

Empresas como Google, Microsoft e Meta, que assinaram o Código de Prática da União Europeia para combater a desinformação devem relatar as salvaguardas implementadas para lidar com a tecnologia em julho, disse Jourova.