Cruise, da GM, planeja relançamento em menor escala de serviço de transporte sem motorista

Reuters

Publicado 22.11.2023 20:57

Por Samrhitha A e David Shepardson

(Reuters) - A Cruise, unidade de transporte sem motorista da General Motors (NYSE:GM), está planejando o relançamento de seu serviço em uma cidade não especificada antes de expandir para outras, poucas semanas depois de a Califórnia proibir os veículos autônomos da companhia em vias públicas na esteira de um acidente no mês passado.

A Cruise interrompeu na semana passada todas as viagens de carro supervisionadas e manuais nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que expandiu uma revisão de segurança dos veículos, causando tumulto dentro da empresa e obrigando o presidente-executivo, Kyle Vogt, e o diretor de produtos, Daniel Kan, a renunciarem.

Os acontecimentos também são uma derrota para toda a indústria de veículos autônomos, que depende da confiança pública e da cooperação dos reguladores. A Cruise havia anunciado nos últimos meses planos ambiciosos de expansão para mais cidades, oferecendo transporte sem motorista totalmente autônomo.

"Depois de tomarmos medidas para melhorar a nossa cultura de segurança e reconstruir a confiança, a nossa estratégia é relançar numa cidade e provar o nosso desempenho lá, antes de expandir", afirmou a empresa em comunicado.

A unidade da GM disse que se concentrará nos veículos autônomos Cruise modelos Bolt no curto prazo, com uma estratégia de longo prazo em torno do Origin, um veículo para vários passageiros projetado sem volante ou outros controles para operação por um motorista humano.

A empresa afirmou aos funcionários em e-mail, que foi lido à Reuters, que também cortará alguns empregos, "principalmente em funções não relacionadas à engenharia", e fornecerá mais detalhes em meados de dezembro.

Um porta-voz da GM disse que o diretor financeiro, Paul Jacobson, provavelmente abordará o impacto financeiro sobre a montadora durante uma teleconferência com analistas marcada para 29 de novembro.

GM e Cruise não divulgaram a cidade onde relançariam as operações, mas é improvável que seja em São Francisco, onde ocorreu o acidente.