Cury amplia fila de IPOs de construtoras; Cyrela será vendedora na oferta secundária

Reuters

Publicado 21.02.2020 19:56

Cury amplia fila de IPOs de construtoras; Cyrela será vendedora na oferta secundária

SÃO PAULO (Reuters) - A Cury Construtora e Incorporadora (SA:CURY3) pediu nesta sexta-feira registro para oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), ampliando a fila de empresas do setor imobiliário que planejam captar recursos no mercado para crescer.

Segundo o prospecto preliminar apresentado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a operação envolve ofertas primária e secundária de ações e será coordenado por BTG Pactual (SA:BPAC11), Itaú BBA, Bank of America e Caixa Econômica Federal.

A Cyrela (SA:CYRE3) será um dos acionistas vendedores na oferta secundária de ações da Cury, que se apresenta como um incorporadora de baixa e média renda, com foco nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Em fato relevante a Cyrela afirmou que detém 48,25% da Cury.

A Cury diz no documento que usará recursos da oferta primária para compra de terrenos. A companhia se concentra em projetos programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e financiados por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Em 2019, a Cury lançou 14 empreendimentos imobiliários com valor geral de vendas (VGV), 1,14 bilhão de reais, sendo 923 milhões referentes à participação da companhia.

Fundada em 2007, resultado de uma joint venture entre a antiga Curi Engenharia e a Cyrela, a Cury teve receita líquida de um bilhão de reais em 2019, aumento de 10,8% sobre o ano anterior, enquanto o lucro subiu 15,9%, a 204 milhões de reais.

O movimento da Cury amplia a corrida de empresas do setor imobiliário ao mercado de capitais para financiar seus planos de expansão. Só na véspera, a Pacaembu, também especializada no Minha Casa Minha Vida, mas no interior paulista, e a incorporadora One Innovation, fundada pela família Goldfarb, pediram registro para IPO na bolsa paulista.

No começo do mês, a Mitre, também de São Paulo, estreou no pregão da B3 (SA:B3SA3) com um IPO de 1,2 bilhão de reais, o primeiro do setor em uma década, refletindo os sinais de recuperação do setor imobiliário no país, apoiada em parte pelo juro básico na mínima histórica de 4,25% ao ano.

Na semana passada, a construtora Canopus, com sede em Belo Horizonte, havia revelou planos para se listar na bolsa.