Dados sólidos e balanços financeiros levam Wall Street a novas máximas

Reuters

Publicado 17.01.2020 13:06

Dados sólidos e balanços financeiros levam Wall Street a novas máximas

(Reuters) - Os índices de ações dos Estados Unidos alcançavam novos picos históricos nesta sexta-feira, com otimismo em relação a balanços corporativos, dados econômicos e sinais de resiliência em uma economia chinesa golpeada por uma guerra comercial prolongada com os EUA.

O sentimento dos investidores melhorou nesta semana, depois de as duas principais economias do mundo darem o primeiro passo para uma trégua na disputa tarifária de 18 meses ao fecharem a Fase 1 de um acordo comercial.

Impulsionando ganhos em ações globais pelo quinto dia, os dados mostraram que a China encerrou 2019 com um tom um pouco mais firme, a despeito de o crescimento econômico ter desacelerado no ano passado para o ritmo fraco em quase 30 anos.

Dados dos EUA mostraram que a construção de novas moradias subiu para uma alta de 13 anos em dezembro, sugerindo que a recuperação do mercado imobiliário estava de volta aos trilhos em meio a baixas taxas de hipoteca.

"Há muito entusiasmo por aí e é uma combinação de resultados e dados sólidos que sustentam o mercado", disse Peter Cardillo, economista-chefe de mercado da Spartan Capital Securities, em Nova York.

Os três principais índices de ações fecharam em alta recorde na quinta-feira, com o S&P 500 ultrapassando a marca de 3.300 pontos pela primeira vez, impulsionado por uma recuperação nos papéis de empresas de tecnologia e fortes dados de vendas no varejo.

Às 12:59 (horário de Brasília), o índice Dow Jones (DJI) subia 0,14%, a 29.340 pontos, enquanto o S&P 500 (SPX) ganhava 0,176073%, a 3.323 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq (IXIC) avançava 0,05%, a 9.362 pontos.

"Do ponto de vista técnico, o mercado está um pouco exagerado e existe a possibilidade de o rali acabar em algum momento", disse Cardillo.

Analistas esperam que os lucros das empresas do S&P 500 caiam 0,8% no quarto trimestre do ano passado, mas pedem um crescimento de 5,8% no primeiro trimestre de 2020, segundo dados da Refinitiv.