De carona no otimismo externo, índice fecha na máxima em 1 mês

Reuters

Publicado 15.10.2021 17:39

Atualizado 15.10.2021 17:52

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice brasileiro de ações fechou na máxima em um mês nesta sexta-feira, refletindo otimismo dos mercados globais diante de resultados de bancos acima das expectativas nos Estados Unidos e menores temores de crise imobiliária na China.

Apoiado em ganhos robustos do setor financeiro, o Ibovespa subiu 1,29%, a 114.647,99 pontos, maior fechamento desde 15 de setembro. O ganho acumulado da semana foi de 1,6%.

O giro financeiro da sessão, marcada pelo exercício dos contratos de opções sobre ações, foi de 31 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, um salto no lucro trimestral do Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34) chancelou o otimismo dos investidores, seguindo a tendência mostrada mais cedo nesta semana por Citi (NYSE:C) (SA:CTGP34), Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34) e Bank of America (NYSE:BAC) (SA:BOAC34). Por aqui, o índice do setor financeiro galgou 3,17%.

Em outra frente, o BC chinês afirmou que os riscos para o sistema financeiro decorrentes dos problemas da incorporadora Evergrande (OTC:EGRNY) não devem se espalhar, tirando momentaneamente do radar o temor de crise nos setores imobiliário e financeiro.

Além disso, ações do varejo doméstico foram em bloco para cima após o GPA (SA:PCAR3) anunciar a venda de lojas Extra Hiper para o Assaí (SA:ASAI3), numa revisão de estratégias das empresas controladas pelo francês Casino.

Para Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora, fechando acima dos 114 mil pontos, o Ibovespa vence uma resistência que, se confirmada, pode levar a um próximo alvo de 118 mil pontos.

h2 DESTAQUES/h2

- GPA foi o grande destaque positivo do índice, disparando 11,85% após o grupo varejista ter anunciado na noite da véspera a venda, por cerca de 5,2 bilhões de reais, de lojas Extra Hiper para o ASSAÍ, que caiu 1,6%.

- O anúncio do Assaí "contaminou" de otimismo todo o setor varejista. O rival CARREFOUR BRASIL, dono do Atacadão (SA:CRFB3), ganhou 3,61%. AMERICANAS (SA:AMER3) teve impulso de 9,2%, LOJAS RENNER (SA:LREN3) acelerou 3,3% e MAGAZINE LUIZA (SA:MGLU3) foi acrescida em 2,75%.

- BRADESCO (SA:BBDC4) teve avanço de 5,2%, com o setor bancário também absorvendo o otimismo em Wall Stret com resultados acima das expectativas. BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) teve incremento de 3,2%. SANTANDER BRASIL (SA:SANB11) agregou 4%, ITAÚ UNIBANCO (SA:ITUB4) acelerou 2,6%.

- SUZANO (SA:SUZB3) subiu 2,1%, KLABIN (SA:KLBN11) teve elevação de 1,53%, com as empresas de papel e celulose se recuperando, após terem sido alvos de pressão, devido à queda dos preços internacionais do setor.

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- CSN (SA:CSNA3) teve acréscimo de 1,9%, refletindo a recuperação no setor de metais. VALE (SA:VALE3) também evoluiu 1,9%, enquanto USIMINAS (SA:USIM5) teve aumento de 1,8%.

- VIBRA (Ex-Petrobras Distribuidora) (SA:BRDT3) teve baixa de 1,7%, em meio à evolução no Congresso do projeto para limitar a cobrança de ICMS sobre combustíveis. COSAN (SA:CSAN3), dona dos postos Shell, perdeu 1,1%. PETROBRAS (SA:PETR4) cedeu 0,3%.

- RUMO (SA:RAIL3) retrocedeu 1,56%. Em nota a clientes, a XP afirmou que segue otimista com a companhia, mesmo após ela ter divulgado números operacionais fracos relativos a setembro.

- Fora do Ibovespa, PDG (SA:PDGR3) REALTY disparou 95%, após a construtora anunciar na noite da véspera o encerramento de seu processo de recuperação judicial iniciado em 2017.