Demora do ministério pode dificultar negociação de insumos, diz Dimas Covas

Reuters

Publicado 28.01.2021 10:03

SÃO PAULO (Reuters) - A demora do Ministério da Saúde em se manifestar sobre exercer a opção contratual para compra de 54 milhões de doses adicionais da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, pode dificultar as negociações do Instituto Butantan para aquisição da matéria-prima necessária ao envase de doses do imunizante, disse o presidente do instituto, Dimas Covas, nesta quinta-feira.

Em entrevista à GloboNews, Dimas Covas afirmou que há uma demanda aquecida no mundo por doses da CoronaVac, que já está sendo aplicada no Brasil.

"Não estamos pressionando (o ministério por uma resposta), nós estamos pressionados pela demanda por vacina, existe essa demanda no mundo todo. Muitos países estão solicitando da nossa parceria Sinovac a assinatura de contrato de fornecimento", disse Covas, um dia depois de afirmar que, caso o ministério não manifeste interesse pelo lote adicional até o fim desta semana, o Butantan direcionará sua produção para países vizinhos.

"É necessário que o ministério se pronuncie, porque nós estamos no fim de janeiro e essa produção estaria prevista para início em abril. Portanto, não haverá tempo para negociarmos com a nossa parceria em relação à matéria-prima se não houver essa manifestação."