Demora em chegada de insumos não atrasará produção de vacina de Oxford, diz presidente da Fiocruz

Reuters

Publicado 05.02.2021 17:22

Atualizado 05.02.2021 20:05

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A demora na chegada ao Brasil do insumo farmacêutico ativo (IFA) da vacina Oxford/AstraZeneca (LON:AZN) (SA:A1ZN34) contra a Covid-19 não provocará o atraso no envase de doses do imunizante pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), disse nesta sexta-feira a presidente da entidade, Nísia Trindade, acrescentando que a vacina deve começar a ser distribuída em março.

A previsão inicial era que os lotes do IFA começassem a chegar ao Brasil em janeiro, mas isso não aconteceu e somente no sábado os três primeiros lotes chegarão ao país para serem transformados em 15 milhões de doses iniciais da vacina.

A meta da Fiocruz é produzir cerca de 100 milhões de doses até julho e, no 2º semestre, entregar outras 110 milhões de vacinas que já serão produzidas com IFA próprio.

A produção do insumo faz parte de um acordo de transferência de tecnologia que ainda não foi integralmente formalizado.

"Não teremos atraso no nosso cronograma e na nossa entrega até julho. O início teve uma atraso que esperamos compensar nos próximos meses", disse a presidente da Fiocruz a jornalistas.

"A perspectiva é produzir o primeiro lote de pré-validação na semana que vem e já entramos em paralelo com pedido de registro na Anvisa, teremos reunião para tirar dúvidas e não ter atraso... a primeira entrega deve ocorrer entre 12 e 15 de março."

De acordo com o diretor de Biomanguinhos, uma unidade da Fiocruz, Mauricio Zuma, a produção da vacina de Oxford pela entidade deve ser rapidamente acelerada.

"A nossa vacina será muito boa e esse início estamos na curva de aprendizado, mas depois vamos ganhar escala e acelerar", previu.