Dólar encerra pregão praticamente estável com cautela à espera de reunião do Fed

Estadão Conteúdo

Publicado 29.04.2024 14:45

Atualizado 30.04.2024 05:10

Dólar encerra pregão praticamente estável com cautela à espera de reunião do Fed

O dólar abriu a semana praticamente estável no mercado doméstico de câmbio, apesar das perdas firmes da moeda norte-americana no exterior. Com a agenda esvaziada e à espera da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) na quarta-feira, quando o mercado local estará fechado em razão de feriado do Dia do Trabalho, investidores adotaram uma postura cautelosa nesta segunda-feira, 29.

Com oscilação de menos dois centavos de real entre a mínima (R$ 5,1029) e a máxima (R$ 5,1205), o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,1153 (-0,02%). Operadores afirmam que o pregão foi de acomodação e ajustes finos de posições, após a moeda ter recuado 1,60% na semana passada. No mês, a divisa ainda acumula ganhos de 1,99%.

Apesar das oscilações reduzidas, houve bom volume no segmento futuro para uma segunda-feira, com o contrato de dólar futuro para maio girando mais de US$ 14 bilhões. Desde o fim da semana passada, investidores já se movimentavam para a rolagem de contratos na virada do mês, posicionando-se para a disputa, na terça-feira, da formação da última taxa ptax de abril.

Termômetro do comportamento da moeda americana em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY recuava 0,30% no fim da tarde, aos 105,683 pontos, graças ao avanço de mais de 1% do iene.

A divisa japonesa se recupera das mínimas em mais de três décadas, em meio a especulações de intervenção do governo no câmbio.

Depois de liderar os ganhos entre divisas emergentes frente ao dólar na semana passada, nesta segunda-feira o real exibiu o pior desempenho no grupo das moedas latino-americanas. Peso chileno e colombiano apresentaram alta de mais de 0,90%.

"Foi um dia bem parado, sem nenhuma notícia que movimentasse o câmbio. O sentimento é de cautela com a espera pelo comunicado do Fed, que cai bem no feriado aqui", afirma a economista Cristiane Quartaroli, Ouribank, acrescentando que, na sexta-feira, 3, sai o relatório oficial de emprego nos EUA em março, o payroll.

É dado como certo que o Banco Central americano vai anunciar a manutenção da taxa básica na faixa entre 5,25% e 5,50%.

As atenções se voltam ao comunicado da decisão e, sobretudo, à entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell. Por ora, a maioria do mercado ainda trabalha com início de cortes de juros neste ano, com as apostas dividindo-se, grosso modo, entre uma redução do total de 25 pontos-base ou 50 pontos.

O gerente de Tesouraria do BS2, Felipe Ueda, lembra que houve uma redução relevante do estresse no mercado cambial na semana passada. A leitura do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) nos EUA em março veio dentro da expectativas, abrindo espaço para queda dos Treasuries e recuperação das divisas emergentes.

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"Eu acho que ainda há espaço para o dólar ceder um pouco, embora deva se manter acima de R$ 5,00. Mas tudo vai depender do discurso do Powell. O mercado ainda espera corte de juros, mas não se sabe se vai vir em setembro ou mais para frente", afirma Ueda.

Embora o ambiente externo continue ter papel preponderante na formação da taxa de câmbio, analistas ressaltam que a preocupação com o quadro fiscal segue como pano de fundo desfavorável ao real.

Na semana passada, houve certo alívio com sinais do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que a PEC do Quinquênio - um dos projetos da chamada "pauta-bomba - não deve avançar na Casa. Mas tensão entre o Planalto e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aumentou após o governo obter no Supremo Tribunal Federal (STF) decisão favorável ao fim da desoneração da folha de pagamentos.

Pela manhã, foi divulgado que o Governo Central - que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - apresentou déficit primário de R$ 1,527 bilhão em março. A mediana de Projeções Broadcast era de superávit R$ 1,4 bilhão.No acumulado do ano até março, o Governo Central registrou superávit de R$ 19,431 bilhões, o pior resultado desde 2020.

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