EDP lidera ganhos do Ibov com avanço do lucro no 2T20, acima do consenso

Investing.com

Publicado 31.08.2020 10:11

Atualizado 31.08.2020 11:10

Por Gabriel Codas

Investing.com - As ações da EDP do Brasil (SA:ENBR3)  lideram os ganhos do Ibovespa nesta segunda-feira na B3, com uma forte valorização acima de 5% em dia de pessimismo no mercado. O desempenho vem na esteira da divulgação, na última sexta-feira, do balanço do segundo trimestre.

A empresa, que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, registrou lucro líquido de R$ 237 milhões no segundo trimestre de 2020. O resultado é 25,5% maior que o do mesmo período do ano anterior e acima da mediana de R$ 188 milhões do consenso do mercado.

Por volta das 11h05, os papéis disparavam 6,05% a R$ 18,59, com mínima em R$ 18,10 e máxima em R$ 18,68 e volume negociado em R$ 61,6 milhões. O Ibovespa recuava 1,61% a 100.495, próximo à mínima de 100.427 pontos.

O EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) chegou a R$ 586 milhões, um crescimento de 5,5% na comparação com o segundo trimestre de 2019. Graças a esse desempenho, a companhia fechou o semestre com EBITDA de R$ 1,3 bilhão, um avanço de 1,9%, e lucro líquido de R$ 508 milhões, uma alta de 4,9% sobre a primeira metade do ano passado.

Visão dos analistas

A XP Investimentos avalia que, apesar dos resultados da EDP terem vindo em linha com as estimativas (principalmente o EBITIDA Ajustado), eles acreditam que o mercado reagirá positivamente aos anúncios de um programa de recompra de ações e de uma nova política de dividendos. A equipe mantém a recomendação de compra na EdP Energias do Brasil, com preço-alvo de R$20/ação.

Para a Mira Asset, foi um resultado operacional em linha com o esperado e melhor no lucro líquido principalmente por conta de resultado financeiro. A relação dívida líquida / Ebitda ficou em 2,0x. A equipe espera recuperação de volume de margens nos próximos trimestres com a expectativa de recuperação da economia e da economia e receita de comercialização.

Balanço

O desempenho semestral positivo é fruto do plano de ação adotado pela Companhia para mitigar o impacto da crise do coronavírus sobre o negócio - o chamado Plano 3R. Num primeiro momento, a EDP ativou seus protocolos de gestão de crise e colocou em marcha um plano de contingência cujas prioridades eram: proteger suas pessoas, garantir a continuidade de sua operação e ajudar a sociedade.

Passada a primeira etapa de reação à pandemia (react), a EDP passou a trabalhar na recuperação de resultados (recover) e na identificação de alternativas e oportunidades dentro do novo cenário (reshape). Dentro desta última dimensão, foram criados oito subcomitês, com a missão de levantar informações e opções em quatro campos: Green recovering e Growth; Digital e Cliente; Inovação e Capital Allocation; Diversidade & Inclusão e Workplace reshaping.

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Um dos primeiros movimentos desta nova fase foi o recente anúncio, feito pela Companhia, da aquisição de 1.318.100 ações preferenciais da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A (Celesc (SA:CLSC4)). Com esta operação, a EDP passou a deter um total de 11.096.488 ações, ou 28,77% do capital social da distribuidora catarinense. Esse aumento de capital faz parte do objetivo estratégico de reforço da parceria com a Celesc, além de aumentar as sinergias em Santa Catarina, onde a Companhia já constrói dois lotes de linhas de Transmissão, os lotes Q e 21.

Destaques do trimestre

Em Transmissão, a companhia registrou importantes avanços, como destaque para a conclusão das obras da linha de transmissão SE Miranda II/SE Chapadinha II, que integra o Lote 11 do Leilão Aneel n.º 005/2016. Com isso, a Companhia antecipou em 12 meses o início de operação deste trecho do empreendimento, que totaliza 203 quilômetros de linhas de transmissão. O primeiro trecho e a subestação Chapadinha II haviam sido entregues ainda em janeiro, com 19 meses de antecipação frente ao calendário da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com a conclusão da entrada em operação, a Receita Anual Permitida (RAP) passou a ser de R$ 32,8 milhões, o que corresponde a uma receita antecipada de aproximadamente R$ 42,7 milhões.

Em Distribuição, a EDP Espírito Santo teve seu reajuste tarifário aprovado pela Aneel em 6 de agosto, com índice de 10,32% para as unidades consumidoras atendidas em alta e média tensão e de 7,05% para aquelas atendidas em baixa tensão. Além disso, o trimestre foi marcado pela estabilidade dos níveis de perdas, como reflexo dos investimentos para melhoria e expansão das redes de distribuição, que chegaram a R$ 176,3 milhões no período, um aumento de 36,5%. No semestre, o investimento totalizou R$ 343,5 milhões, um crescimento de 17,9%.

Nos segmentos de Geração e Comercialização, a sinergia da gestão energética de ambas as unidades continua trazendo resultados consistentes, com a cobertura parcial do risco hidrológico (GSF) do período. O hedge para o ano ficou alocado prioritariamente neste início de segundo semestre, período em que se espera um déficit maior de geração hídrica.

Por fim, como consequência das medidas de contingência, a EDP apresentou redução de 8,2% do PMSO recorrente no trimestre e de 2,4% no semestre. No período, a Companhia reforçou suas captações em mais de R$ 1,7 bilhão, para aumentar a liquidez e fez a adesão ao Termo de Aceitação da Resolução Normativa 885/2020, referente à Conta-COVID, em que requereu o montante de R$ R$ 574 milhões A alavancagem consolidada foi mantida em 2,0 x Dívida Líquida / EBITDA ao fim do trimestre.

Recompra de ações

O Conselho de Administração aprovou programa de recompra de até 24,9 milhões de ações, ou 8,5% dos papéis em circulação. O programa é válido por 18 meses.

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