Eletrobras analisa aquisições de 15 projetos de geração e transmissão

Reuters

Publicado 12.07.2023 09:11

Atualizado 12.07.2023 11:55

SÃO PAULO (Reuters) - A Eletrobras (BVMF:ELET3) está analisando 15 oportunidades de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) nas áreas de geração renovável e transmissão de energia, dentro de seu plano de continuar crescendo a carteira de ativos ao mesmo tempo em que desinveste daqueles considerados não estratégicos, como usinas termelétricas.

A companhia apresentou nesta quarta-feira o que chamou de "Firepower Potencial" variando de 70 a 80 bilhões de reais para o período de 2023 a 2027, sendo até 11 bilhões de reais contratados e até 16 bilhões de reais de "capex de reforço", sendo 6 bilhões autorizados.

Em comunicado, indicou diretrizes de negócio para os próximos anos, por ocasião da primeira reunião da nova diretoria com investidores e analistas após a privatização, nesta quarta-feira. O encontro é privado.

Na frente de aquisições, os projetos em análise pela Eletrobras somam 18 gigawatts (GW) de capacidade instalada renovável e mais de 6 mil quilômetros de linhas de transmissão, com receita anual permitida (RAP) de 2 bilhões de reais.

Os dois segmentos do setor elétrico estão no "core" de atuação da Eletrobras, uma das maiores companhias de energia do mundo, que hoje detém mais de 20% da capacidade instalada de geração do Brasil e quase 40% da rede nacional de linhas de transmissão.

O retorno da Eletrobras aos M&As ocorre em um momento em que algumas elétricas buscam parceiros estratégicos para desalavancar seus negócios e prosseguir com projetos, principalmente em energias renováveis. É o caso da AES Brasil (BVMF:AESB3) e da Eneva (BVMF:ENEV3), que já manifestaram publicamente avaliarem a possibilidade de atração de um sócio para suas plataformas renováveis.

Desde a reestruturação da administração pós-privatização, a Eletrobras já avançou com algumas operações que permitiram ampliar sua carteira de ativos, sobretudo de hidrelétricas, como a aquisição de usinas da Cemig (BVMF:CMIG4) e o descruzamento de participações acionárias com a Neoenergia (BVMF:NEOE3).

Ao mesmo tempo, a companhia busca desinvestir de ativos não estratégios. Nesta semana, anunciou o início do processo de alienação de seu parque termelétrico de 2 GW, em linha com seus compromissos de descarbonização e "net zero".

Em relação a investimentos em ativos existentes, a Eletrobras estimou cerca de 11 bilhões a 16 bilhões de reais em desembolsos até 2027, entre projetos de geração de energia já em desenvolvimento e reforços e melhorias em linhas de transmissão.

RACIONALIZAÇÃO DE SPES E COLIGADAS