Embraer (EMBR3): O que esperar do balanço após alta anual das entregas?

Investing.com

Publicado 06.05.2024 15:46

Investing.com – A fabricante de aeronaves Embraer (BVMF:EMBR3) apresenta dados referentes ao primeiro trimestre deste ano nesta terça-feira, 07, antes da abertura dos mercados. No período, a empresa entregou 12% do total de aeronaves previstas no ponto médio do guidance para 2024. De acordo com a companhia, as entregas subiram 67% e a carteira de pedidos chegou ao maior patamar dos últimos 7 anos. Mesmo assim, a projeção é de um prejuízo por ação (LPA) de R$0,32 neste resultado, com receita estimada em R$4,514 bilhões, de acordo com o InvestingPro.

Qual empresa fabricante de aeronaves pode subir mais? Compare os papéis da Embraer com Boeing (NYSE:BA) e outros players do setor com o InvestingPro!

Supere o mercado com os melhores insights com até 40% de desconto e, para um desconto EXTRA, use o cupom

A companhia entregou 25 jatos entre janeiro e março, alta de 67% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram entregues 15 aeronaves. Na aviação executiva, o número saltou de 8 para 18 jatos. Os dados representam o melhor primeiro trimestre da unidade em oito anos. Enquanto isso, na aviação comercial, foram 7 aeronaves entregues, número estável na base anual.

O banco BTG (BVMF:BPAC11) antevê um trimestre sazonalmente mais suave com menores entregas e um cenário avaliado como típico para o período, mas, na base anual, uma “bela impressão”. Assim, a expectativa do BTG é de receita de US$ 919 milhões, Ebitda de US$49 milhões e lucro líquido de US$ 6 milhões.

“Nós permanecemos construtivos para o Embraer, pois oferece exposição à recuperação da indústria da aviação em meio a um ambiente positivo”, destacam os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Marcelo Arazi, indicando ainda como benéficos fatores como novas parcerias e expansão dos eVTOL, as aeronaves de pouso vertical fabricadas pela Eve Mobility, fundada pela companhia.

O Santander (BVMF:SANB11), por sua vez, mencionou fortes entregas para o período após a divulgação de dados operacionais, e sólido crescimento do backlog. “O backlog da Embraer aumentou significativamente cerca de 13% no trimestre, atingindo US$21,1 bilhões, apoiado principalmente pelo pedido firme da American Airlines (NASDAQ:AAL) (AA) de 4 de março para até 133 E-175 E1s. Observe que o backlog da empresa atingiu o maior nível desde o 3T16”, reforçam Lucas Barbosa, Lucas Esteves e Gabriel Tinem.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

As entregas de jatos executivos mais fortes do que esperado poderiam indicar uma perspectiva positiva para o segmento, “já que a demanda parece continuar forte, ao mesmo tempo que cria mais confiança no atendimento do volume do guidance para o ano”, completam. O forte aumento da carteira de pedidos também é animador, na visão dos analistas.

A companhia pretende investir R$ 2 bilhões e gerar mais 900 empregos diretos este ano no país, incluindo atividades de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, como o eVTOL, projetos de defesa, segurança, eficiência, entre outros. No ano passado, a Embraer entregou 181 jatos, volume 13% superior ao ano anterior.

Para este ano, a companhia projeta entrega entre 72 e 80 aeronaves comerciais e entre 125 e 135 jatos executivos, com receita entre R$ 30 e R$ 32 bilhões. “Parte desse crescimento se deve à parceria com a Azul (BVMF:AZUL4) Linhas Aéreas que, neste ano, deve receber 13 jatos E195-E2, aeronave que é referência global em eficiente e sustentabilidade. Um dos modelos das aeronaves da Azul, ainda em fase de produção, foi apresentado e batizado pelo Presidente Lula durante visita à fábrica”, destacou a Embraer em nota ao mercado no final de abril.

h2 Embraer no InvestingPro/h2

A companhia é negociada com um indicador de preço por lucro baixo em relação aos resultados no curto prazo, mas proporcionou alto retorno no último ano, de acordo com o InvestingPro. As Protips, insights de inteligência artificial com base em indicadores fundamentalistas, aponta ainda que os ativos líquidos superam as obrigações de curto prazo.