Empresas de maquininhas perdem R$ 160 bi na Bolsa

Estadão Conteúdo

Publicado 24.11.2021 14:00

Atualizado 24.11.2021 17:38

Empresas de maquininhas perdem R$ 160 bi na Bolsa

Desde o começo do ano, as empresas brasileiras de maquininhas de cartões listadas em Bolsas de Valores perderam quase R$ 160 bilhões em valor de mercado, segundo dados compilados pelo Estadão/Broadcast. O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, é apontado como um dos vilões, ao lado da alta dos juros e da competição no setor.

A realidade do mercado é bem diferente da vista no começo dos anos 2010, quando o mercado era dominado pela Rede, do Itaú (SA:ITUB4), e a Cielo (SA:CIEL3). Hoje, são mais de 30 credenciadoras e 200 subcredenciadoras disputando a preferência de lojistas e clientes - que, desde o ano passado, ganharam o Pix como opção mais barata de transferências e pagamentos.

Já o juro afeta esses negócios porque os custos de operações como adiantamento de recebíveis, indexados ao CDI, variam com a taxa básica de juros, que subiu quase 6 pontos porcentuais desde o início do ano. "Esse talvez seja o maior risco para as margens no curto prazo e vai ser maior para as empresas que dependem mais da receita financeira", afirma Erick Rodrigues, analista da agência de classificação de risco Moody's.

h2 Efeito Pix/h2

Analistas acreditam que, com as transformações das formas de pagar nos últimos anos, as maquininhas perderam terreno para soluções que não dependem delas. Para o presidente da consultoria especializada em varejo financeiro Boanerges & Cia, Boanerges Ramos Freire, oferecer serviço de recebimento de cartões deixou de ser diferencial.

E a situação só deve se agravar. À medida que mais funções forem incorporadas à ferramenta criada pelo BC, como a possibilidade de fazer compras parceladas, maior será o baque sobre as adquirentes. "Estruturalmente, as credenciadoras estão em uma descida da ladeira, que estava sendo mais suave, mas agora deu uma acelerada - e o Pix é um dos elementos que apressam essa descida", disse Freire.

Todas as empresas do ramo perderam valor de mercado, mas o baque foi maior para a Stone (NASDAQ:STNE)  (SA:STOC31). A empresa, que viu suas ações caírem cerca de 80%, enfrenta a desconfiança com a retomada de seu negócio de crédito e com os desafios de integrar a Linx (SA:LINX3), comprada no ano passado.

Procurada, a Stone manteve o posicionamento da época da divulgação do balanço. "Devemos começar (a voltar a conceder empréstimos) neste trimestre", disse o CEO da companhia, Thiago Piau. Executivos da Stone afirmaram ainda que a Linx deve começar a apresentar resultados positivos em breve.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações