Empresas ligadas à Noruega têm interesse em campo da Petrobras, dizem fontes

Reuters

Publicado 10.07.2020 08:53

Atualizado 10.07.2020 09:10

Por Gram Slattery

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A BW Offshore, da Noruega, e a DBO Energy estão entre as empresas interessadas no cluster de campos de petróleo Golfinho, da Petrobras (SA:PETR4), disseram duas fontes, enquanto a estatal busca reativar seu programa de venda de ativos na sequência de queda de preços do petróleo neste ano.

Com produção média diária de 15 mil barris de petróleo e 750.000 metros cúbicos de gás, Golfinho está entre os maiores ativos de produção que a Petrobras atualmente possui no bloco.

As ofertas vinculantes para o conjunto maduro de campos de petróleo, localizado na costa do Espírito Santo, devem ocorrer no início de setembro, disseram as fontes, que pediram anonimato para discutir assuntos confidenciais.

A Petrobras e a BW Offshore se recusaram a comentar. O DBO não respondeu aos pedidos de comentário.

Atualmente, a Petrobras está vendendo uma variedade de ativos --de refinarias a oleodutos e campos de petróleo-- em uma tentativa de reduzir a dívida e aumentar o foco na prolífica região do pré-sal.

Mas a queda nos preços de petróleo e combustíveis no início deste ano colocou obstáculos significativos a esse plano, com executivos reconhecendo que poderia demorar mais do que o inicialmente previsto para a Petrobras atingir suas metas de desalavancagem.

Nas últimas semanas, a Petrobras aceitou ofertas para uma grande refinaria no Nordeste do Brasil, que, segundo analistas, poderiam render até 3 bilhões de dólares.

A DBO, com sede no Rio de Janeiro, é composta por executivos brasileiros e noruegueses que têm uma vasta experiência na operação de ativos maduros no Brasil e no Mar do Norte, de acordo com o site da empresa.

A empresa lista a RWE Supply & Trading, um braço da alemã RWE AG (DE:RWEG), como investidora.