Reuters
Publicado 05.05.2023 12:13
Atualizado 05.05.2023 14:50
Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Engie (BVMF:EGIE3) Brasil participará do leilão de transmissão de energia em junho e buscará um volume razoável de investimentos para continuar sua estratégia de crescimento e diversificação de portfólio, afirmou nesta sexta-feira o presidente, Eduardo Sattamini, em conferência com analistas de mercado.
O executivo pontuou que o certame poderá apresentar importante competição, uma vez que grandes players estudam participação, e afirmou ter confiança de que o time da Engie estará preparado para atuar da melhor forma possível para sair vitorioso.
"A expectativa de competição é sempre grande... A gente reforçou bastante nossos time de suporte e desenvolvimento nesses últimos meses para que a gente pudesse estudar um número maior de lotes", disse Sattamini.
Ele disse ter "certeza" de que a companhia fez o melhor trabalho para buscar a negociação mais adequada com fornecedores, prestadores de serviços, em preparação para o leilão do próximo mês.
"Vamos estar presentes, vamos buscar um volume razoável de investimentos para que a gente possa continuar nossa estratégia de crescimento e diversificação de portfólio."
Os projetos incluídos no leilão de junho deverão demandar 15,8 bilhões de reais, segundo previsão da reguladora Aneel.
LEILÃO DE CAPACIDADE
O novo diretor financeiro, Eduardo Takamori, também pontuou que a empresa aguarda mais informações do governo para o leilão de capacidade neste ano, mas que a companhia acredita que poderá ser uma boa oportunidade para participar com as usinas Miranda e Salto Santiago.
"Essas usinas já têm espaço, capacidade técnica para fazer isso, poderia adicionar capacidade instalada importante para a empresa além de naturalmente permitir a absorção de mais fontes renováveis para o Brasil", afirmou, pontuando que as hidrelétricas são fundamentais para a expansão de fontes renováveis.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de o leilão de capacidade ter a presença de fontes diferentes, como hídricas e térmicas, Takamori afirmou que a empresa acredita que a competição é sempre o melhor caminho.
Nessa linha, Sattamini criticou uma ideia colocada no mercado sobre a possibilidade de fazer um leilão específico para eólicas offshore (marítimas), algo que ainda não existe no Brasil e que também ainda exige regulação.
"A competição faz com que a alocação seja a mais eficiente possível, não adianta querer colocar eólica offshore nesse momento através de leilão específico, porque isso vai gerar distorção e ineficiência", disse ele.
EXPORTAÇÃO DE ENERGIA
Sattamini também comentou estudos do governo brasileiro sobre um potencial acordo regional na América do Sul de integração para a comercialização de energia, em momento em que o governo lida com excesso de oferta, com reservatórios de hidrelétricas em níveis recordes, e outros países sofrem com escassez.
O Brasil começou neste ano a exportar energia elétrica para Argentina e Uruguai sob uma nova modalidade, envolvendo transações comerciais de energia excedente produzida quando há vertimento nos reservatórios de usinas hidrelétricas. No mês passado, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o país voltou a atuar na cooperação e integração energética com os países da América do Sul.
"Nós estamos tentando perenizar essa exportação. A gente hoje tem excesso de oferta de energia no Brasil e a gente tem carência de energia em outros países da América Latina", ressaltou Sattamini.
O executivo pontuou que a exportação de energia poderia ser pensada de uma forma mais integrada, envolvendo outros países da América do Sul.
"A gente então está pensando na exportação para Argentina com subsequente exportação de gás para o Chile, fazendo essa integração acontecer. Então essa perenidade que a gente quer, e isso vai obviamente diminuir um pouco desse excesso de oferta que a gente tem no Brasil", disse Sattamini.
(Por Marta Nogueira)
Escrito por: Reuters
Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.